Préconisations pour le recensement des ouvrages et structures de défense contre les aléas côtiers : notice méthodologique
Auteur moral
France. Ministère de l'écologie et du développement durable
;Centre d'études techniques maritimes et fluviales (France)
Auteur secondaire
Résumé
Ce document comprend une typologie des espace côtiers et une méthodologie de recensement accompagnée de fiches terrain. Les préconisations indiquées dans ce document sont à suivre tout au long du processus de recensement. Elles permettront ainsi d'obtenir à terme le recensement national des ouvrages côtiers avec une typologie commune.
Descripteur Urbamet
travaux publics
;ouvrage hydraulique
;installation portuaire
Descripteur écoplanete
Thème
Texte intégral
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4/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
5/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
Sommaire
PRÉFACE ................................................................................................................. 3
INTRODUCTION ....................................................................................................... 7
Intérêt d'un cadre méthodologique unifié pour les différents recensements des
ouvrages littoraux ...................................................................................................... 7
Mode d'élaboration et contenu de la notice .............................................................. 7
1 TYPOLOGIE DES STRUCTURES COTIÈRES ................................................... 9
1.1 Ouvrages ayant vocation principale de défense contre la mer ......................... 9
1.1.1 Murs et ouvrages de soutènement .................................................................................................................................... 9
1.1.2 Digues côtières ................................................................................................................................................................ 10
1.1.3 Perrés (non associés à des digues) ................................................................................................................................ 11
1.1.4 Brise-lames ...................................................................................................................................................................... 12
1.1.5 Epis .................................................................................................................................................................................. 13
1.1.6 Autres ............................................................................................................................................................................... 14
1.2 Ouvrages ayant vocation principale d'aménagement et ayant un impact hydro-
sédimentaire ............................................................................................................ 15
1.2.1 Aménagements d'accès .................................................................................................................................................. 15
1.2.2 Aménagements hydrauliques .......................................................................................................................................... 16
1.2.3 Aménagements portuaires .............................................................................................................................................. 16
1.2.4 Bâtiments ......................................................................................................................................................................... 17
1.2.5 Aménagements liés à la sécurité ou la surveillance ....................................................................................................... 17
1.2.6 Autres ............................................................................................................................................................................... 17
1.3 Méthodes de protection du littoral .................................................................... 17
1.3.1 Le by-pass ....................................................................................................................................................................... 17
1.3.2 Le drainage de plage ....................................................................................................................................................... 18
1.3.3 Le rechargement de plage ............................................................................................................................................... 18
1.3.4 Le confortement dunaire .................................................................................................................................................. 18
1.3.5 Le confortement de falaise .............................................................................................................................................. 19
1.3.6 Autres ............................................................................................................................................................................... 19
2 PRÉPARATION DU RECENSEMENT ............................................................... 21
2.1 Organisation de la sortie de terrain .................................................................. 21
2.1.1 Accéder au littoral et à l'ouvrage ..................................................................................................................................... 21
2.1.2 Pré-localisation des ouvrages ......................................................................................................................................... 22
2.1.3 Etablissement du planning des visites ............................................................................................................................ 24
2.2 Préparation des visites de recensement et relevés de terrain ........................ 24
6/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
2.2.1 Pré-renseignement des fiches de site et de défense contre la mer ................................................................................ 24
2.2.2 L?influence des conditions extérieures ............................................................................................................................ 24
2.2.3 Le matériel ....................................................................................................................................................................... 25
2.3 Préparer l?intégration à la BDD et au SIG ........................................................ 25
2.3.1 Préparer à l?intégration à la base de données ................................................................................................................ 25
2.3.2 Règles de pointage des ouvrages ................................................................................................................................... 26
2.4 Synthèse des actions préalables aux sorties sur le terrain ............................. 28
3 RECENSER ET CONNAITRE LES OUVRAGES .............................................. 29
3.1 Les fiches de terrain ......................................................................................... 29
3.2 La « Fiche de site » .......................................................................................... 29
3.2.1 Informations générales sur la visite et le site .................................................................................................................. 29
3.2.2 Informations sur les ouvrages du site .............................................................................................................................. 31
3.2.3 Informations complémentaires sur le site ........................................................................................................................ 31
3.3 La « Fiche de défense contre la mer » ............................................................ 32
3.3.1 Informations générales sur la défense ............................................................................................................................ 32
3.3.2 Ouvrage ayant vocation principale de défense contre la mer ......................................................................................... 33
3.3.3 Aménagement ayant un impact hydro-sédimentaire ....................................................................................................... 38
3.3.4 Méthodes de protection contre l'érosion ......................................................................................................................... 39
3.4 Améliorer la connaissance : recherches complémentaires ............................. 40
3.4.1 Informations complémentaires sur le site ........................................................................................................................ 40
3.4.2 Informations réglementaires sur l'ouvrage ...................................................................................................................... 40
3.4.3 Documentation technique de l'ouvrage ........................................................................................................................... 40
4 BIBLIOGRAPHIE ................................................................................................ 41
5 ANNEXES ........................................................................................................... 43
5.1 Glossaire .......................................................................................................... 43
5.2 Liste des études recensées ............................................................................. 46
5.3 Fiches de terrain .............................................................................................. 47
5.4 Termes de référence du groupe de travail et liste des participants / relecteurs
................................................................................................................................. 53
5.5 Index des illustrations ....................................................................................... 59
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Introduction
Intérêt d'un cadre méthodologique unifié pour les différents
recensements des ouvrages littoraux
Que ce soit pour répondre à des besoins de sécurité des personnes et des biens, de gestion du
domaine public maritime (DPM) ou d'évaluation de l'artificialisation1 du littoral et des ses impacts
environnementaux, des recensements d'ouvrages de protection et d'aménagements côtiers sont
régulièrement réalisés à des échelles locales. Cependant, il n'existe pas de méthode générale de
recensement ni de typologie de ces ouvrages harmonisée sur l'ensemble du littoral français per-
mettant une réflexion à l'échelle nationale. L'objet de ce document est de proposer aux services qui
réalisent ces recensements une méthodologie et une typologie des ouvrages, adaptables aux spé-
cificités de chaque territoire et des différentes problématiques.
Les problématiques prises en compte pour l'élaboration de cette typologie sont issues du contexte
juridique actuel et de la bibliographie sur les recensements réalisés.
Le décret du 11 décembre 2007 et, dans une certaine mesure, la directive cadre inondation ren-
forcent l'importance que revêtent le recensement, la gestion et le suivi des ouvrages hydrauliques
de protection contre la submersion marine. Les services déconcentrés de l'Etat ont besoin de dis-
poser d'un recensement exhaustif des ouvrages de protection et de leurs enjeux pour mener à bien
leur rôle de contrôle et de garant d'un certain niveau de protection.
L'élaboration de documents réglementaires tels que les Plans de Prévention des Risques (PPR)
Littoraux, recul du trait de côte et submersion marine, nécessite de disposer d'informations pré-
cises relatives à la présence, au type et à l'état des ouvrages de défense contre la mer. Ces infor-
mations permettent en effet de mieux comprendre les phénomènes hydromorphologiques cô-
tiers et d'appréhender en conséquence les risques littoraux.
L'impact environnemental des ouvrages littoraux doit d'autre part être évalué pour répondre aux
objectifs fixés par la directive cadre sur l'eau du 23 octobre 2000 (transposée dans la loi du 21 avril
2004) et aux engagements français de la convention OSPAR (groupe Impact Environnemental des
Activités Humaines).
Enfin la bibliographie (voir liste des études en annexe) a fait ressortir l'intérêt pour les services de
l'Etat de mieux connaître le parc d'ouvrages et gérer les documents réglementaires liés à l'occu-
pation du DPM et les crédits affectés à leur entretien. Le recensement réalisé dans ce cadre est
généralement accompagné de la mise en place d'une base de données (BDD) locale sur les « ou-
vrages littoraux ».
Mode d'élaboration et contenu de la notice
Ainsi, les problématiques liées au recensement des ouvrages littoraux sont nombreuses et di-
verses et les recensements, réalisés à des échelles disparates. La dénomination des ouvrages cô-
tiers est loin d'être homogène sur le littoral et un travail important doit être mené pour parvenir à
une typologie commune permettant de mettre en valeur les résultats des études menées locale-
ment. La méthodologie de recensement doit également être uniforme pour obtenir des recense-
ments compatibles et agrégeables au niveau national. Une stratégie de recensement initial stan-
1 Les termes en gras et italique sont définis dans le glossaire situé en annexe.
8/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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dardisé et actualisé lors de visites de suivi et de maintenance des ouvrages est proposée. La mise
en place de cette stratégie se traduit par l?élaboration d?une BDD comprenant notamment l'état, le
type et la position des ouvrages côtiers. Ces données peuvent être liées à une couche d?informa-
tion géographique pour leur représentation au sein d?un système d'information géographique (SIG).
La première étape de ce travail a permis de proposer une typologie des ouvrages et une méthodo-
logie de recensement simples et adaptables sur différents types de côtes pour guider les services
dans l'organisation et la préparation du recensement. Cette méthode a été testée sur le terrain, no-
tamment en 2009 dans le Morbihan avec le concours de la DDEA, et a été transmise à différents
services en ayant fait la demande (DDTM des Côtes d'Armor, DDTM de la Somme, DREAL Basse-
Normandie...).
Les différents produits issus de cette première phase ont servi de base aux réflexions du groupe
de travail national qui a été monté au cours du deuxième trimestre 2010 (voir les termes de réfé-
rence et les membres du comité de pilotage et comité technique en annexe). Le document présen-
té ici intègre les recommandations formulées par le groupe de travail sur la notice méthodologique
élaborée en 2009.
Ce document est transmis aux services déconcentrés pour mettre en oeuvre le travail de recense-
ment global qui leur a été demandé dans la circulaire du 7 avril 2010 sur les mesures à prendre
suite à la tempête Xynthia du 28 février 2010. La collaboration des services locaux est indispen-
sable pour atteindre cet objectif de fédérer des initiatives locales en permettant à plusieurs ap-
proches de ces notions de recensement et de suivi d?être prises en compte. Les préconisations in-
diquées dans ce document sont à suivre tout au long du processus de recensement, de la planifi-
cation à la réalisation des sorties sur le terrain ; elles permettront d'obtenir à terme le recensement
national des ouvrages côtiers avec une typologie commune.
Le projet sera complété par la mise au point d'une méthodologie de création de BDD et de carto-
graphie des ouvrages côtiers sous SIG. Une méthodologie de suivi et de diagnostic de l'état des
ouvrages sera également proposée. Le projet global permettra ainsi aux services déconcentrés de
l'Etat d?obtenir la connaissance précise de la localisation et de l?état des ouvrages sur leurs côtes.
En particulier, en termes de sécurité des personnes et des biens, celle-ci offrira des possibilités
d?interventions ciblées en cas d?urgence.
Le recensement s'organise donc par la mise en place de sorties sur le terrain afin de recenser les
ouvrages présents. A cet effet, deux « fiches terrain » peuvent être complétées afin de collecter un
maximum d'informations sur ces ouvrages. La première est une « fiche de site », à compléter à
partir d'observations visuelles de l'environnement de l'ouvrage ou de la structure de protection
naturelle, tandis que la seconde, dite « fiche de défense contre la mer », est remplie grâce à une
description des caractéristiques mécaniques de la défense et éventuellement à des recherches
complémentaires effectuées auprès des différents acteurs impliqués dans la gestion, l'entretien ou
encore la construction de l'ouvrage.
Il est à noter que bien que la priorité soit donnée aux ouvrages de défense contre la mer, il est
possible de collecter des informations sur la présence d'autres structures et aménagements, l'ob-
jectif étant de réaliser un recensement exhaustif des ouvrages rencontrés sur le littoral afin d'en
traduire le « taux d'artificialisation ». Des clés de lecture seront adressées par la Direction Géné-
rale de la Prévention des Risques (DGPR) aux services en charge du contrôle des ouvrages hy-
drauliques afin de déterminer à partir du recensement global des ouvrages côtiers ceux qui luttent
effectivement contre la submersion marine et doivent être classés au titre du décret du 11 dé-
cembre 2007.
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DELCE / DHSMCETMEF
1 Typologie des structures côtières
Dans ce document, on entend par « structure côtière » une entité naturelle ou construite ayant un
impact sur le littoral en modifiant localement les phénomènes hydrauliques ou sédimentaires. Les
« ouvrages de défense contre les aléas littoraux » sont des structures côtières construites et dimen-
sionnées pour répondre à une vocation initiale de fixation du trait de côte, de lutte contre l'érosion,
de soutènement des terres, de réduction des franchissements, de dissipation de l'énergie de la
houle ou d'obstacle à l'écoulement. D'autres structures peuvent avoir un impact sur le littoral sans
avoir nécessairement pour vocation principale la lutte contre les aléas côtiers ; elles seront identi-
fiées sous le terme « aménagements ». L'identification des ouvrages se fera sur la base d'une fonc-
tion se rapportant à une dénomination type. Ces ouvrages pourront être subdivisés en « tron-
çons » homogènes correspondant à un changement soit de matériaux, soit de caractéristiques
géométriques, soit de protection du pied ou couronnement. Un « système de défense » du litto-
ral pourra ainsi être composé de plusieurs ouvrages, structures naturelles et/ou aménagements.
La protection du littoral contre les aléas côtiers peut mener à mettre en oeuvre des méthodes de
protection qui ne sont pas à proprement parler des « structures » telles que nous venons de les
définir. Ces méthodes de protection, rarement recensées par le passé, aident cependant à réduire
l'impact des aléas côtiers en augmentant la capacité de résilience du littoral et sont donc prises en
compte dans ce recensement. Elles témoignent l'intérêt de la société pour la conservation d'un pa-
trimoine naturel aux apports écologique et paysager certains, mais souvent aussi de protection.
Cette première partie explicite les termes qui seront utilisés dans les champs « Dénomination » de
la fiche de terrain « défense contre la mer » et précise donc la typologie des ouvrages retenus
dans le cadre de ce recensement et dans la future base de données. Elle donne des clés de lec-
ture de manière à éviter les erreurs lors du remplissage de la fiche de terrain. Les dénominations
sont basées sur la littérature des ouvrages en milieu côtier et les noms courants que l'on peut ren-
contrer sur le littoral. Les dénominations sont illustrées avec des exemples photographiques.
Les définitions données sont plus orientées en termes de « fonctionnalité » des structures que de
technique pure de construction des ouvrages, ceci pour des raisons de simplicité et de clarté, car
ces dénominations peuvent varier d'une région à une autre et en fonction du point de vue (tech-
nique ou fonctionnel) de l'opérateur.
1.1 Ouvrages ayant vocation principale de défense contre la mer
1.1.1 Murs et ouvrages de soutènement
Certains murs, qui ne sont pas des aménagements ou clôtures, constituent un rempart contre les
submersions marines. Les ouvrages de soutènement, qui comprennent les murs (murs poids ou
en béton armé) et soutènements plans (rideaux de palplanches...), servent au maintien direct du
trait de côte en s'opposant à la poussée des terres ; ils permettent ainsi de lutter contre l'érosion
des terres. Leurs caractéristiques principales sont une orientation longitudinale, sur le trait de côte
ou en arrière-côte, et une pente verticale à légèrement inclinée. Ces ouvrages sont particulière-
ment sensibles aux problèmes d'affouillement à leur pied dus à leur forte réflectivité, provoquant
des désordres sur l'ouvrage. Ils sont ainsi souvent accompagnés d'une protection de pied et par-
fois d'un couronnement (voir 3.3.2.5) de manière à éviter la projection de paquets de mer en ar-
rière de l'ouvrage. Ils sont aussi sensibles aux infiltrations d'eau côté terre et à leur mise en charge,
c'est pourquoi ils sont souvent traversés par des barbacanes.
10/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 1 : Exemple de différentes géométries de murs possibles
1.1.2 Digues côtières
Les digues sont des ouvrages généralement longitudinaux faisant obstacle à l'écoulement. Ils sont
attachés au rivage par au moins une extrémité et possèdent deux talus visibles (côté terre et côté
mer) éventuellement confortés. On considère dans cette partie uniquement les digues dites « cô-
tières » que l'on distingue des digues portuaires traitées dans la section « aménagements ». Ces
ouvrages ont donc pour fonction principale la protection contre la submersion et permettent de pro-
téger des enjeux (axe de communication routier par exemple). Elles peuvent être situées sur le trait
de côte ou en arrière-côte en tant que protection de seconde défense.
A ? Mur non linéaire B ? Mur « chasse-mer » C ? Mur « droit »
Illustration 2 : Soutènement plan en bois
(palplanches) (Cap Ferret, 33)
(CETMEF, Céline Perherin)
Illustration 3 : Mur en béton (Plouzané,
29)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 4 : Digue frontale (Beauvoir-sur-
mer, 85)
(CETMEF)
Illustration 5 : Digue d'arrière côte en terre
(Saintes-Maries-de-la-mer, 13)
(CETMEF, Amélie Roche)
11/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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1.1.3 Perrés (non associés à des digues)
Les perrés sont des ouvrages longitudinaux inclinés, constitués d'un revêtement (en maçonnerie,
béton, enrochements liés ou non) recouvrant un talus autostable. Ils assurent un maintien du trait
de côte immédiat dès leur construction et, dans certains cas, la protection des terres contre la sub-
mersion marine. Constituant 75 % des ouvrages de haut de plage du littoral français en 1986, les
perrés sont très répandus sur tout le littoral métropolitain et peuvent être aménagés de diverses
manières (Enquête sur les ouvrages existants le long des côtes françaises, 1986). Leur rôle se li-
mite à une protection superficielle du talus sous-jacent. Ils n?ont aucune action sur la stabilité en
masse du talus. Contrairement à un ouvrage de soutènement, le revêtement de talus n?a pas un
rôle mécanique (vis-à-vis de la tenue des terres) mais seulement un rôle de protection.
La cote d'arase des perrés est en général à la hauteur du terrain naturel, à moins qu'ils n'aient un
couronnement. Celui-ci permet par exemple d'éviter les projections de paquets de mer en arrière
de l'ouvrage quand il s'agit d'un mur « chasse-mer ». Le terrain naturel en arrière de l'ouvrage est
quant à lui souvent aménagé, donc non visible (cas des fronts de mer).
Au niveau de la construction, certains perrés peuvent être posés directement sur le terrain naturel
(carapace seule), tandis que d'autres possèdent une construction « à talus », c'est-à-dire qu'il
existe des sous-couches formant le coeur de l'ouvrage, lui-même recouvert par une carapace. Le
fruit d?un perré est en général supérieur à 30°.
Ces ouvrages sont très sensibles à l'abaissement du niveau topographique de la plage, provoquant
un affouillement en pied d'ouvrage et le déstabilisant. Diverses actions peuvent concourir à la de-
structuration de l'ouvrage, comme par exemple l'action de l'eau de mer sur les joints entre les ma-
tériaux et les infiltrations d'eau. Ainsi des systèmes anti-affouillement se trouvent souvent intégrés
au pied de l'ouvrage, par exemple des palplanches métalliques ou des enrochements.
N.B. : Distinction entre mur et perré, perré et protection de pied et « faux-ouvrages »
Le principal critère visuel de distinction entre murs et perrés est la pente de l'ouvrage. Les murs
auront une pente verticale à sub-verticale, tandis que les perrés auront une pente plus douce. Cer-
tains perrés (cf. illustration 6) peuvent avoir cependant une pente importante, sans être des murs.
Le critère essentiel reste le type de construction même de l'ouvrage, cependant il peut être difficile
de le discerner sur le terrain.
Une attention particulière devra être apportée à la définition de « l'ouvrage » et à la distinction
entre l'ouvrage lui-même et une éventuelle protection de pied en enrochements par exemple. De
même, les recenseurs devront être attentifs au dimensionnement des structures qu'ils recenseront
Illustration 6 : Perré en
maçonnerie (Hardelot-Plage, 62)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 7 : Perré en béton armé
avec couronnement (Asnelles, 14)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 8 : Perré en
enrochements (Barneville, 14)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
12/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
en tant « qu'ouvrages » : fréquemment des « matériaux » seront présents, déposés sur le littoral
sans avoir de réelle cohérence. La présence de ces structures sera signalée sans spécifier de dé-
nomination d'ouvrage (catégorie « Autres » de la fiche de défense).
1.1.4 Brise-lames
Les brise-lames sont des dispositifs orientés parallèlement au trait de côte (ouvrages longitudi-
naux), mais non rattachés à celui-ci, conçus pour diminuer l'énergie de la houle incidente en créant
un déferlement en amont du trait de côte.
Cette perte d'énergie en arrière de l'ouvrage permet aux sédiments en transit de s'accumuler,
créant parfois un tombolo artificiel. Le tombolo permet d'accroître l'espace récréatif d'une plage et
de protéger le trait de côte, cependant un brise-lames peut aussi servir uniquement de stabilisation
du trait de côte sans engraissement, selon les règles de dimensionnement choisies. Les matériaux
de construction sont variables, allant d'une structure « à talus » (présence d'un coeur d'ouvrage)
avec carapace en enrochements jusqu'aux caissons bétonnés posés directement sur le fond.
On retrouve majoritairement les brise-lames dans les mers à faible marnage, bien que des essais
soient réalisés concernant le dimensionnement de ces ouvrages dans les zones à fort marnage.
Il existe également des brise-lames immergés, permettant de faire déferler la houle de manière à
diminuer son énergie et donc de limiter l'érosion sur le trait de côte. Un récif artificiel sera consi-
déré comme un brise-lames à partir du moment où son action hydraulique sera perceptible sur la
côte.
N.B. : Distinction entre brise-lames et digue
Le caractère le plus simple à repérer est le fait que les brise-lames ne sont pas rattachés à la
côte, au contraire des digues luttant contre l'agitation. Il se peut toutefois que par la création d'un
tombolo, le brise-lames soit rattaché artificiellement mais le « trait de côte » reste bien en arrière
de l'ouvrage : le brise-lames est construit par définition « en mer », ou du moins sur le bas-estran.
Illustration 9 : Protection anti-affouillement d'un
mur à ne pas recenser en tant qu'ouvrage
(ouvrage = mur) (Plouzané, 29)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 10 : « Faux-ouvrage » à ne pas
détailler ; indiquer sous la dénomination
« Autres » (Cap Ferret, 33)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
13/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
1.1.5 Epis
Les épis sont des dispositifs placés sur l'estran, de manière transversale par rapport au trait de
côte. Ils jouent le rôle de barrière plus ou moins perméable, capable de piéger une partie des sédi-
ments en transit. Ces sédiments forment alors généralement une accumulation en amont de l'ou-
vrage (dans le sens du transit sédimentaire) et une érosion en aval. L'accumulation peut permettre
de lutter contre l'abaissement topographique de la plage ou d'augmenter l'espace récréatif.
Les épis peuvent être soit isolés ou soit implantés « en batterie ». Il existe une grande diversité de
géométries (droite, courbe, en ?L?, ?T?, ?Y?...) et de matériaux (enrochements, maçonnerie, bois,
matériaux géosynthétiques, etc.).
Illustration 12 : Principe de fonctionnement d'une batterie d'épis
(CETMEF)
Illustration 11 : Brise-lames en enrochements
(Palavas-les-flots, 34)
(CETMEF)
14/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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Illustration 13 : Différentes géométries en plan des épis.
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
1.1.6 Autres
La catégorie « Autres » permet d'inclure différents ouvrages, répondant plus ou moins à des cri-
tères de dimensionnement. Elle permet également de renseigner les ouvrages expérimentaux pré-
sents sur le littoral tel que les procédés « Armorflex2 », « Cornic3 » et d'autres structures non in-
cluses dans la typologie telles les pieux hydrauliques. Certains procédés pourront ainsi soit être in-
diqués sans trop de précision sous l'appellation « Autres », soit correspondre à des critères rete-
nus dans la typologie et être renseignés dans le recensement sans leur dénomination déposée
(exemple des procédés « Stabiplage4 »).
2 Blocs de béton liés entre eux par un câble résistant à la corrosion, servant à prévenir l'érosion.
3Aménagement de protection des dunes littorales disposé perpendiculairement à la ligne de rivage et constitué d'éléments de sable enveloppés d'un
géotextile et d'un filet de polyéthylène visant à limiter les mouvements du haut de plage sans interrompre les échanges entre haut de plage et dune.
4Enveloppe géocomposite injectée d'un mélange de sédiments et eau, pouvant être implantée de manière transversale comme un épi ou
longitudinalement en haut de plage.
A ? géométrie droite
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
B ? géométrie courbe C ? géométrie en ?L?
D ? géométrie en ?T? E ? géométrie en ?Y?
Illustration 14 : Epi droit isolé en
maçonnerie (St-Malo, 35)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 15 : Epi en matériau
géosynthétique (Courseulles, 14)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 16 : Batterie d'épis en
bois (palplanches) (Saint-Malo,
35)
15/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
Dans le cas particulier des pieux hydrauliques, ces ouvrages sont généralement implantés sur le
haut-estran de manière parallèle au trait de côte (ouvrages longitudinaux). Ces dispositifs per-
mettent en théorie d'atténuer l'énergie des houles incidentes et de créer une accumulation sédi-
mentaire dans certains cas. On peut également trouver des pieux hydrauliques transversaux sur le
littoral. Ces ouvrages seront préférablement classés dans la catégorie des « épis » de par leur
orientation caractéristique, les épis étant obligatoirement des ouvrages transversaux.
1.2 Ouvrages ayant vocation principale d'aménagement et ayant
un impact hydro-sédimentaire
La liste des ouvrages d'aménagement n'est pas exhaustive, elle peut être complétée en fonction
des besoins. Les ouvrages d'aménagement n'ont pas de rôle de défense contre la mer ; ils peuvent
cependant avoir un impact sédimentaire sur l'environnement ou parfois jouer un rôle de défense.
Les critères de couronnement et protection de pied d'ouvrage peuvent dans certains cas être per-
tinents. Ces aménagements sont rassemblés en 5 grandes catégories.
1.2.1 Aménagements d'accès
Les aménagements d'accès permettent une circulation de tout type (piétonne, routière,
ferroviaire...) sur une zone. Ces aménagements peuvent être positionnés sur le trait de côte
« seuls » ou être liés à un ouvrage de défense. Les principales dénominations retenues ici sont :
remblai routier ou ferroviaire, voie submersible, chemin, escalier, pont et cale de mise à l'eau.
Illustration 17 : Pieux hydrauliques en bois
(Saint-Malo, 35)
Illustration 18 : Cale de mise à l'eau
(Plouzané, 29)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 19 : Cale de mise à l'eau
avec protection anti affouillement en
enrochements (Granville, 50)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
16/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
1.2.2 Aménagements hydrauliques
Les aménagements hydrauliques permettent la gestion et la régulation des flux hydrauliques, qu'ils
soient d'eau salée ou d'eau douce. Les dénominations retenues sont les vannes, écluses et bar-
rages, que l'on peut trouver en milieu estuarien, et les exutoires, très courants sur les ouvrages de
front de mer. Les vannes, barrages et écluses permettent de contrôler le débit en milieu estuarien,
de même que la présence de sel dans l'environnement aquatique côté terre de l'ouvrage. Elles per-
mettent aussi de limiter les phénomènes de bouchons vaseux.
1.2.3 Aménagements portuaires
Les aménagements portuaires comprennent les digues, brise-lames, quais et autres barrages et
écluses permettant d'assurer la sécurité de la navigation, le maintien du plan d'eau et les accès
terre-mer. Seuls les ouvrages extérieurs des ports seront considérés comme ayant un impact hy-
drosédimentaire sur l'environnement et seront recensés ; les ouvrages intérieurs seront facultatifs.
Les digues portuaires peuvent être de plusieurs types : digues à talus, verticales, mixtes... Ces no-
tions ne sont pas développées ici car ce niveau de détail demande une certaine connaissance de
ces ouvrages et sera plus important dans le cadre d'un diagnostic que d'un recensement.
Les techniques de construction des digues de protection contre l'agitation sont diverses ; les
digues les plus courantes sont dites « à talus », c'est-à-dire constituées d'un noyau formant le
coeur de l'ouvrage surmonté d'une carapace pouvant être en enrochements naturels ou artificiels,
mais elles peuvent aussi être sous forme de caissons bétonnés.
Illustration 20 : Exutoire (Asnelles, 14)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 21 :Exutoire (Asnelles, 14)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 22 : Digue d'entrée de
chenal (Barneville-Carteret, 50)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 23 : Quai portuaire
(Barneville, 50)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
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1.2.4 Bâtiments
Les bâtiments pouvant se trouver en front de mer sont nombreux, les plus courants retenus sont
les murs (soutènements et clôtures), les blockhaus, les bâtiments récréatifs (clubs, bâtiments as-
sociatifs pour la pratique de sports de voile, de glisse, etc.), les installations liées à l'agriculture (ou-
vrages utilisés pour l'aquaculture). Dans le cadre de ce recensement, ne seront recensés que les
bâtiments avec une position sur le trait de côte ou côté mer, ayant un impact sur le littoral. Le but
n'est pas de recenser les constructions résidentielles de front de mer à l'arrière du trait de côte
mais bien les structures ayant une conséquence sur les aléas littoraux.
1.2.5 Aménagements liés à la sécurité ou la surveillance
Cette catégorie comprend aussi bien les bâtiments de surveillance des plages et de la baignade
(postes de secours) que les ouvrages ayant une fonction de signalisation maritime ou terrestre
(phares, sémaphores, etc.).
1.2.6 Autres
Cette catégorie permet d'intégrer éventuellement des aménagements ayant un impact hydro-sédi-
mentaire mais non appréhendés dans la typologie proposée.
1.3 Méthodes de protection du littoral
Ces méthodes sont en général appelées « méthodes douces » car contrairement aux ouvrages,
elles ne s'opposent pas nécessairement aux facteurs de forçage mais composent avec eux. Ces
méthodes luttent préférentiellement contre l'érosion des plages mais peuvent également contribuer
à la lutte contre les submersions marines.
1.3.1 Le by-pass
Il s?agit d?une solution mécanique permettant de ne pas stopper ou du moins de compenser la dé-
rive littorale et le transport sédimentaire le long de la côte suite à l?implantation d?un ouvrage. Le
by-pass peut être automatisé par l'intermédiaire de pompes hydrauliques ou être mécanique avec
un transport routier, voire maritime des sédiments d'un site à un autre. Il peut être caractérisé par
le volume de sédiment déplacé et par une périodicité de transfert si celui-ci est automatisé.
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1.3.2 Le drainage de plage
Le drainage de plage est un procédé consistant à insérer des drains sous l?estran, de manière à
diminuer la capacité de transport de la nappe de retrait, et facilitant en principe l?accrétion de sédi-
ments. La méthode permet également d?assécher partiellement l'estran, entraînant une augmenta-
tion substantielle de la surface récréative de la plage. L'orientation des drains est généralement
longitudinale ; les drains peuvent être implantés parallèlement les uns aux autres sur de larges es-
trans. Le drainage de plage peut donc être caractérisé par le nombre de drains installés en paral-
lèle et par leur longueur.
1.3.3 Le rechargement de plage
Le rechargement de plage est une technique consistant à apporter des sédiments (d?une granulo-
métrie préférablement supérieure ou égale à celle du site) de manière à remonter le niveau topo-
graphique de la plage pour protéger l?arrière-côte et augmenter l'aspect visuel et récréatif d'une
plage. Le rechargement peut se faire directement sur l'estran ou dans les « petits fonds », de ma-
nière mécanique par transport routier ou par projection à l'aide d'une pompe hydraulique depuis
une barge en mer. Le rechargement peut être conforté par la mise en place d'une butée de pied
dans les petits fonds. Il sera caractérisé par le volume rechargé, la surface de plage concernée, la
périodicité du rechargement s'il est automatisé et/ou la date du dernier rechargement.
Illustration 24 : Schéma de principe du By-pass
(CETMEF)
Illustration 25 : Principe du drainage de plage
(CETMEF)
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1.3.4 Le confortement dunaire
Le confortement dunaire permet d?engraisser ou stabiliser un cordon dunaire, par des méthodes
comme : la revégétalisation (stabilisation d'une dune par l'introduction de végétaux), le reprofilage
dunaire (action mécanique visant à réduire l'angle d'attaque de la dune exposée aux vents domi-
nants) et l?implantation de ganivelles (permettant de piéger le sable éolien). Le confortement du-
naire peut également être opéré en canalisant la circulation piétonne à travers la dune. Cette tech-
nique « multiple » sera caractérisée par la méthode employée localement et la longueur et/ou la
surface de dune concernée. La date du dernier aménagement pourra être spécifiée.
1.3.5 Le confortement de falaise
La problématique d'érosion de falaise ne concerne pas uniquement les facteurs de forçage marins.
L'action continentale est bien souvent tout aussi importante voire prédominante dans cette problé-
matique. Cependant, différentes méthodes peuvent être mises en oeuvre pour lutter contre cette
érosion et peuvent être recensées : les opérations de drainage de falaise, la mise en place de
grillages, la projection de matériaux type béton, la protection du pied de falaise (par des enroche-
ments par exemple)...
Illustration 26 : Principe d'un rechargement
(CETMEF)
Illustration 27 : Cordon dunaire conforté
(Tombolo des Chevrets, 35)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
20/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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1.3.6 Autres
La liste des méthodes de protection du littoral n'est pas exhaustive ; elle pourra notamment être
complétée par des méthodes recensées dans la catégorie « Autres », notamment les méthodes
testées à caractère expérimental.
Cette liste d'ouvrages et méthodes contribuant à la protection du littoral et d'aménagements ayant
un impact hydrosédimentaire est la base du travail de recensement. Ces définitions permettent de
fixer les idées quant aux dénominations à considérer sur le terrain. Les chapitres suivants traitent
de la préparation au recensement et de l'explication du contenu des fiches de terrain.
Illustration 28 : Pied de falaise protégé par des épis
(Picardie)
(Université de Caen, Stéphane Costa)
21/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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2 Préparation du recensement
Le recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers s?effectue à un niveau local. Il
est réalisé de manière à ce que les résultats obtenus puissent être agrégés au niveau national. Il
fait l'objet d?une procédure d?arpentage systématique du territoire à l'aide de sorties de terrain. Le
recensement est réalisé concrètement à l'aide de fiches de terrain qui sont présentées dans la troi-
sième partie du document.
Les recommandations qui suivent permettent de préparer et d'organiser le travail de terrain en dé-
terminant les différents sites à visiter, leurs modalités d'accès, le planning des visites et le matériel
nécessaire. Elles précisent également le pré-renseignement des fiches de terrain et des éléments
techniques de recensement et de pointage des ouvrages permettant par la suite une bonne acqui-
sition et mise en valeur des données dans la BDD et le SIG.
2.1 Organisation de la sortie de terrain
2.1.1 Accéder au littoral et à l'ouvrage
2.1.1.1 Notion de site
La notion de « site » est liée à un découpage du linéaire côtier selon des critères simples d'homo-
généité géomorphologique ou d'exposition aux phénomènes naturels, laissés à l?appréciation des
services compétents. Ce découpage n'a en effet pas de valeur formelle ; il doit juste permettre aux
différents services d'organiser leurs sorties.
Certaines études, telles Méthodologie globale et stratégique de suivi et d?entretien des ouvrages
de défense contre la mer sur le littoral Nord Cotentin (DDE 50, 2005) et Les ouvrages de protec-
tion contre l'érosion du littoral (Service Maritime et de Navigation du Languedoc-Roussillon, 2006)
retiennent la possibilité de découper le littoral français en fonction de la présence de différentes
cellules sédimentaires. Il est préconisé de travailler à cette échelle. Cependant, s'il s'avère diffi-
cile de déterminer un tel découpage, le travail pourra être réalisé sur des secteurs homogènes,
ayant pour limites des formes remarquables du littoral, telles des caps ou les extrémités locales de
falaises rocheuses. Le cas d'une anse illustre bien cette notion de « site » puisqu'elle forme une
entité littorale en soi. Par contre, dans le cadre d'une longue forme homogène du littoral, un décou-
page artificiel pourra être proposé (par exemple les limites administratives des communes).
Remarque : Un nom pourra être attribué aux sites ainsi déterminés, afin de les différencier lors de
la programmation des sorties sur le terrain. La toponymie des cartes au 1:25000e éditées par l?IGN
pourra par exemple être utilisée le cas échéant (ex : Anse de Méjan). Celles-ci sont en effet très
détaillées et permettent de définir clairement le nom et l?étendue géographique des lieux sur les-
quels le recensement s?effectuera.
La version projetée du Scan25 (scan des cartes IGN au 1:25000e) peut également être consultée
sur un logiciel SIG, où il sera possible d?intégrer certaines des données présentes dans la BD Topo
de l?IGN, telles les limites départementales et communales afin de préciser davantage le cadre de
l?action sur le terrain. Les limites transversales, telles la remontée dans les estuaires et en arrière-
côte, devront être précisées lors de cette phase de détermination des sites, afin de pouvoir éven-
tuellement compléter le recensement qui se veut a priori « côtier » dans un premier temps.
22/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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2.1.1.2 L?accès
Une fois les sites retenus pour la visite de terrain, les conditions d'accès doivent être étudiées. On
retrouve classiquement deux possibilités d?accès aux sites : par la terre ou par la mer.
Par les terres, une route ou un chemin côtier peut permettre d?accéder sans trop de difficultés au
site et à l?ouvrage. Cependant les distances à parcourir peuvent être longues pour les sites les plus
isolés. Lorsque des distances importantes seront à parcourir, le recours à des moyens motorisés
pourra être utile (ex : utilisation de quads sur de longues plages sableuses).
D'autre part, il peut parfois s'avérer nécessaire de se rendre au site par la mer et donc de prendre
en compte des délais associés à la mise en oeuvre de moyens de transport maritimes. L?utilisation
de canots pneumatiques motorisés, plus maniables à proximité des côtes, est conseillée.
Enfin, des sites à l'accessibilité limitée peuvent exister. Cela peut se traduire par des conditions
maritimes ou terrestres d'accès particulièrement dangereuses (courants, falaises abruptes...) qui
doivent faire l'objet d'une préparation spécifique. A cet égard, les observations préalables de pho-
tographies aériennes, verticales ou obliques, et de cartes topographiques permettent de répondre
à ces questions et de s?affranchir de ces contraintes d?accès. Des moyens aériens peuvent éven-
tuellement être mis en oeuvre pour certains sites.
Au delà de l'accès à la frange littorale, il est conseillé de s'intéresser aux possibilités d'accès aux
ouvrages. En effet, ceux-ci peuvent être placés sur des propriétés privées ou dans des zones pour
lesquelles l'accès est restreint. Avant de procéder à ces visites, il est donc recommandé de vérifier,
auprès des services de mairie ou des riverains, s'il est possible d'accéder à l'ouvrage sans
contraintes ou de demander une autorisation le cas échéant.
2.1.2 Pré-localisation des ouvrages
Il est nécessaire, afin de préparer convenablement ces sorties, de pouvoir déterminer la présence
d?ouvrages à recenser sur les différents sites. Plusieurs possibilités de repérage préalables aux vi-
sites sont envisageables. Afin d?améliorer l?efficacité de ces sorties, il peut être opportun de les
combiner entre elles, de manière à disposer d?informations de qualité et les plus actualisées pos-
sibles. Certains ouvrages pourront être préalablement repérés, tandis que d'autres ne pourront
l'être que lors des procédures d'arpentage systématiques du littoral.
De plus, une rapide analyse spatiale de l'arrière-côte avec le repérage de structures marquantes
dans le paysage peut permettre de déduire la présence de certains ouvrages de protection. Par
exemple, si un mur protège une série d'habitations à proximité du haut estran, il sera possible de
trouver une deuxième ligne de défense, notamment dans les zones basses, deltas et estuaires où
les mers peuvent remonter plus profondément à l'intérieur des terres.
Cette étape permet aussi d'estimer le temps nécessaire à la visite et de déterminer le mode d'ac-
cès au littoral ainsi qu'aux différents ouvrages. Tous les sites littoraux seront à visiter, même si au-
cun n'ouvrage n'a pu être repéré au préalable et une marge de temps suffisante sera à accorder à
chaque site pour prendre en compte la possibilité de « découverte » d'ouvrage supplémentaire sur
le terrain.
2.1.2.1 L'utilisation de clichés photographiques
L?utilisation de couches d?informations géographiques, réalisées à partir de clichés orthophotogra-
phiques, en superposition du Scan25, permet de procéder à un premier repérage des ouvrages qui
vont être recensés grâce à leur visualisation sous SIG.
23/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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Les Ortholittorales 2000 (disponibles en téléchargement direct sur le site officiel www.geolitto-
ral.equipement.gouv.fr) peuvent être utilisées sur les côtes de la Manche et de l'Atlantique. La pro-
duction des clichés ayant permis la couverture d'une partie du littoral métropolitain a été effectuée
les jours de basses mers de vives-eaux. Il est ainsi possible de repérer la présence d?ouvrages si-
tués en bas d?estran et de programmer les sorties sur ces sites à des périodes de marées basses.
En fonction des données disponibles, il est conseillé de compléter le repérage des ouvrages par
l?utilisation de la BD Ortho de l?IGN, mise à jour tous les 4 à 5 ans, et dont la précision s?améliore
continuellement avec l?évolution des techniques de production. Celle-ci permet en effet de disposer
aujourd?hui de précisions de l?ordre de quelques dizaines de centimètres et de repérer avec une
grande efficacité les différents ouvrages avant la sortie. Elle permet également d?obtenir une repré-
sentation des fonds d?estuaire dont la couverture n?est pas toujours assurée par les Ortholittorales.
La consultation de photographies aériennes obliques, réalisées lors de campagnes photogra-
phiques planifiées par l?Etat ou d?autres administrations et organismes, peut également s?avérer
être un avantage dans la phase de localisation des ouvrages verticaux sur le terrain.
Il demeure toutefois important de préciser que tous les ouvrages ne pourront pas être repérés par
l?observation de ces photographies. Il existe en effet une majorité d?ouvrages dont l?emprise sur le
sol n?est pas très étendue, et qui, par conséquent, ne peuvent être que difficilement repérables lors
de l?analyse de ces clichés.
Une impression papier de la BD Ortho présentant les sites recensés, où les ouvrages que l?on sou-
haite visiter seront mis en valeur et numérotés, peut être réalisée afin d'assurer un repérage plus
rapide sur le site (voir description de la fiche de site au 3.2).
2.1.2.2 Documentation complémentaire
Un travail de recherche en archives, nécessaire afin d?obtenir un maximum d?informations tech-
niques disponibles, peut également être réalisé avant la programmation de ces sorties. Celui-ci doit
permettre d?obtenir des précisions sur la nature des ouvrages et des sites sur lesquels ils se
trouvent. Il est donc recommandé de prendre contact avec les possesseurs de données :
? les propriétaires ou les gestionnaires des ouvrages,
? les services de l'État, de par le rôle qu'ils jouent dans le contrôle de ces ouvrages et d'occu-
pation du DPM,
? les services techniques des collectivités territoriales le cas échéant.
La bibliographie traitant du recensement des ouvrages dans les différentes régions est également
une source d'information importante, bien que le contenu des études puisse s?avérer potentielle-
ment incomplet. Il est donc nécessaire de rester prudent quant à l?exhaustivité des informations
contenues dans celles-ci et de procéder à une visite sur le terrain en règle.
Les espaces littoraux les moins accessibles (îlots non urbanisés, falaises dures?) et donc poten-
tiellement les moins susceptibles d?être aménagés peuvent être étudiés de manière plus succincte.
N.B. : Prise de contact avec les propriétaires, maîtres d'ouvrage et/ou gestionnaires
Il est recommandé, autant que possible et en fonction de « l'importance » des ouvrages, de
prendre contact avant la visite de terrain avec les propriétaires, maîtres d'ouvrage ou gestion-
naires identifiés lors de cette phase de recherche de documentation complémentaire et de les in-
former de la démarche en cours. Cette prise de contact pourra en effet être l'occasion, notamment
pour les propriétaires et gestionnaires publics, d'une information mutuelle et d'échanges qui seront
valorisés ensuite dans les réflexions qui ne manqueront pas d'avoir lieu sur la gestion du trait de
côte et des risques. Les propriétaires, maîtres d'ouvrage et gestionnaires pourront ainsi également
être informés de la date de visite envisagée pour recenser leur ouvrage.
http://www.geolittoral.equipement.gouv.fr/
http://www.geolittoral.equipement.gouv.fr/
24/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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2.1.3 Etablissement du planning des visites
Le découpage du littoral en sites pouvant être visités successivement au cours d?un arpentage va
permettre la mise en place d?un planning des visites. En fonction des caractéristiques des sites re-
tenus, il est possible de prévoir le temps à accorder à chacun. D'une manière générale, il est
conseillé de recenser l'ensemble des ouvrages d'un site en une visite, mais un retour sur le terrain
pourra être nécessaire dans certains cas. L'attribution du numéro de l'ouvrage (voir 2.3.1) devra
alors se faire dans la continuité du premier passage réalisé.
Le type de côte (sableuse, rocheuse, à falaises, sablo-vaseuse?) est un facteur déterminant pour
évaluer la rapidité de la progression le long du site. Il est important de ne pas sous-estimer le
temps de parcours à pied des sites, ni celui du remplissage des fiches.
L?accessibilité de la portion de littoral étudiée (présence de sentiers ou de routes situés en arrière-
côte) joue également un rôle important pour évaluer le temps nécessaire pour se rendre de site en
site. Afin d'optimiser le temps de recensement et pour des questions de sécurité, il est conseillé de
l?effectuer par équipes de deux personnes chargées de visiter certains sites ou portions de côtes.
Il est enfin important d'accorder une marge de temps suffisante lors des sorties afin de faire face
aux imprévus rencontrés sur site. En effet, des ouvrages non identifiés durant la phase prépara-
toire apparaîtront lors de la visite ; il est donc nécessaire de prendre en compte ce temps de recen-
sement supplémentaire.
Lorsque quelques visites auront été réalisées, il sera possible d'évaluer plus fidèlement le temps
nécessaire au recensement de chaque ouvrage. Ceci devrait permettre d'améliorer l'estimation du
temps à accorder à chaque sortie, lors de leur planification, en fonction du nombre d'ouvrages déjà
repérés sur les photographies aériennes et grâce aux recherches en archives.
2.2 Préparation des visites de recensement et relevés de terrain
2.2.1 Pré-renseignement des fiches de site et de défense contre la mer
Un pré-remplissage des fiches de terrain peut être réalisé avant les visites sur le terrain en fonction
des travaux de recherche bibliographique qui auront été accomplis lors de la phase de planifica-
tion. De la même manière certains renseignements pourront être apportés en complément, après
la visite.
En particulier seront annotées des informations qui ne peuvent, par leur nature, être obtenues avec
précision sur le terrain, telles certains critères de dimensionnement de l'ouvrage ou la présence de
méthodes douces sur un site et leurs caractéristiques.
Dans le cadre de ces recherches d'informations complémentaires sur un ouvrage ou sur un site,
les archives disponibles au sein des services techniques de l'Etat ou des collectivités territoriales
répondront à une grande part des critères à remplir. Le contact avec les gestionnaires et les pro-
priétaires des ouvrages est à nouveau conseillé car ils peuvent également être source d?informa-
tions dans le cas où les ouvrages recensés sont déclarés ou autorisés.
2.2.2 L?influence des conditions extérieures
Les visites sur le terrain devront être planifiées en fonction de plusieurs paramètres extérieurs, no-
tamment les conditions météo-marines et les saisons. Ainsi, les conditions météorologiques le jour
25/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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de la sortie doivent être prises en compte pour assurer que le recensement des ouvrages s?effec-
tuera correctement (relevés GPS, inspection des ouvrages, ?).
La période de l?année est également un facteur auquel il faut être attentif lors de cette étape car le
profil des côtes évolue généralement selon les saisons en fonction des stocks sédimentaires pré-
sents. En effet, un démaigrissement de ces stocks est constaté durant les mois d?automne et d?hi-
ver, conséquences de l?influence de nombreuses tempêtes, suivi d?un réengraissement pendant le
printemps et l?été. Il convient donc de nuancer les observations que l'on peut faire du terrain envi-
ronnant l'ouvrage en fonction de la saison à laquelle cette visite a été effectuée puisque les pro-
blèmes d'un ouvrage, tel l'affouillement, peuvent être plus ou moins prononcés.
Les horaires de marée jouent également un rôle déterminant dans la perception que les recen-
seurs auront des sites. Toutes les parties de l'ouvrage peuvent ne pas être accessibles en perma-
nence à cause du marnage. D'une manière générale, il est préconisé de réaliser les visites en
conditions de basse mer afin d'être en mesure d'identifier les parties ou dépendances d'ouvrages
submergées à pleine mer.
2.2.3 Le matériel
Les équipements suivants sont nécessaires pour procéder au recensement :
? les fiches de terrain (site et défense) en quantité suffisante (ne pas hésiter à en imprimer
plus que les sites et ouvrages dénombrés avant sortie), un bloc-notes et de quoi recueillir
des informations (stylos, crayons ou encore ordinateur portable),
? une carte au 1:25000e du littoral visité et/ou l?impression papier d'un plan de situation sur or-
thophotographie présentant les sites recensés (cf. verso de la fiche de site),
? une échelle de géomètre ou décamètre pour « mesurer » les ouvrages (longueur/hauteur) et
servir d'échelle pour les photographies,
? un GPS, capable d'afficher les coordonnées des aménagements et des ouvrages (cf. 2.3.2),
? un appareil photographique numérique, avec un jeu de batteries de secours et éventuelle-
ment carte mémoire supplémentaire, afin de prendre des clichés des ouvrages visités (cf.
3.3.2.6), éventuellement coupler le cliché avec le GPS ou prévoir une ardoise permettant
d'identifier l'ouvrage sur les prises de vue photographiques,
? une paire de jumelles, afin de pouvoir repérer plus aisément les ouvrages les moins acces-
sibles ou sur des sites de grande envergure,
? des vêtements et des chaussures (bottes, chaussures de randonnée, ?) adaptés aux ca-
ractéristiques des sites à visiter : météorologie, type de littoral (côte à falaise, estuaire va-
seux, plage de sable?) et accessibilité du site,
? les moyens de locomotion adéquats (voiture, quad, petit bateau à moteur, etc.).
2.3 Préparer l?intégration à la BDD et au SIG
2.3.1 Préparer à l?intégration à la base de données
Les ouvrages référencés seront dotés d?un « numéro ouvrage », identifiant unique sur le terrain
afin de les différencier sans erreur possible. Il est proposé, par exemple, de créer cet identifiant de
26/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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manière simple, en prenant les deux premières lettres du site visité et d'y ajouter une numérotation
des ouvrages.
NB : Il sera différent de celui qui sera attribué lors de l'intégration au sein de la base de données.
Il peut être utile de se fixer un ordre de recensement des ouvrages lors de la sortie. Cela peut se
faire, par exemple, du haut vers le bas d'estran, dans le sens d'arpentage du littoral afin de facili-
ter le travail.
Il sera également proposé, lors du remplissage de la base, d'ordonner l'enregistrement des fiches
terrain en fonction du parcours effectué lors des visites afin de permettre à des ouvrages proches
géographiquement d'être recensés à proximité tout en ayant un identifiant dans la base de don-
nées « proche ».
2.3.2 Règles de pointage des ouvrages
2.3.2.1 Intégration des données acquises pour la réalisation d?une couche SIG
Pour permettre une agrégation de ces résultats à l?échelle nationale, il faut adopter une stratégie
de représentation commune. Comme évoqué dans la partie consacrée à la préparation, le repé-
rage des ouvrages peut être en partie effectué grâce aux photographies aériennes disponibles.
La mise en place de couches d?informations géographiques grâce à l?utilisation d?un logiciel SIG
s?effectue à partir des données collectées et notamment des points relevés par GPS.
Chaque ouvrage devra faire l?objet de relevés GPS afin de pouvoir être localisé précisément et in-
dividuellement. Les points relevés devront permettre de recréer la forme des ouvrages repérés lors
de la sortie terrain.
Cependant, il peut s'avérer difficile d'effectuer ces relevés en certaines circonstances. Des configu-
rations de côtes assez abruptes (présence de grandes falaises perturbant la réception par
exemple) ou encore des défaillances du matériel peuvent conduire à l'impossibilité de procéder à
ces relevés. Il est proposé dans ce cas d'effectuer une estimation de la position géographique de
l'ouvrage afin de pouvoir conserver l'information de sa présence sur le littoral. Les photographies
pourront aider à conserver la forme de l'ouvrage pour sa représentation cartographique.
2.3.2.2 Règles de relevés des coordonnées GPS
Les ouvrages et aménagements repérés sur le littoral sont de nature variée et il est nécessaire
d?établir des règles de relevé puis de numérisation précises afin d?obtenir leur représentation à
l'échelle du littoral français.
Il a été retenu d?effectuer des relevés GPS aux extrémités des ouvrages et aménagements afin de
conserver l?information sur leur longueur. L'information sur la largeur, plus difficile à conserver au
vu de la précision des différents outils GPS et SIG, est moins importante. Celle-ci pourra être esti-
mée visuellement ou à l'aide d'un décamètre lors de la visite ou encore précisée grâce à des infor-
mations obtenues lors de la recherche en archives. L'information sur la hauteur de l'ouvrage sera
moins facile à obtenir, étant donné la précision en altimétrie des GPS. Si l'utilisation d'un dGPS
n'est pas possible, différentes cotes pourront être prises (en crête d'ouvrage, pied d'ouvrage côté
mer et au niveau du terrain naturel côté terre) afin d'estimer la cote de l'ouvrage et sa hauteur.
Plusieurs types d'appareils de mesure GPS existent, certains proposant une précision plus forte ou
davantage de fonctionnalités. Il peut être judicieux d'avoir un appareil capable d'enregistrer les co-
ordonnées des points pour ensuite les exporter (fonction Waypoint WPT) et ainsi de ne pas avoir à
reporter à chaque fois les coordonnées sur la fiche. Cependant, quelque soit la méthode retenue, il
27/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
convient d'être méthodique pour faciliter ensuite le report au bureau des coordonnées géogra-
phiques correspondant au bon ouvrage. Il est proposé de coupler le GPS avec l'appareil photogra-
phique, de noter sur la fiche d'ouvrage le(s) numéro(s) des clichés et lors des prises d'inscrire visi-
blement sur une ardoise le numéro de l'ouvrage et le numéro de la fiche correspondant.
Les ouvrages et aménagements les plus imposants feront l?objet de relevés effectués en suivant
l?axe central afin de les positionner d?une manière aussi proche de la réalité que possible (Illustra-
tion 28). Les ouvrages présentant une forme non linéaire ou des changements d?orientation feront
l'objet de relevés à chaque changement ou point d'inflexion afin de pouvoir conserver leur em-
preinte le long du littoral (Illustration 29).
Les dépendances (petits escaliers, exutoires, ...) se situant sur un ouvrage ou un aménagement
(cale, ...) important seront identifiées dans la fiche de défense et de fait seront elles aussi relevées.
Le relevé s?effectuera au niveau du point de contact avec leur ouvrage associé (Illustration 30).
Illustration 29 : Relevé des limites d'un ouvrage
(exemple d'une cale adossée à un mur)
(CETMEF, Rémi Boullay)
Illustration 30 : Relevé des changements de
direction en long d'un ouvrage
(CETMEF, Rémi Boullay)
Illustration 31 : Relevé de dépendances (exemple
d'un escalier à gauche et d'un exutoire à droite) sur
un ouvrage
(CETMEF, Rémi Boullay)
Des points GPS sont relevés à chaque cible
représentée sur les schémas ci-contre, où les
ouvrages sont représentés par une vue en plan.
L'illustration 29 représente le cas d'une limite entre
deux ouvrages/aménagements, l'illustration 30 un
ouvrage dont le profil en long n'est pas linéaire et
l'illustration 31 la position des dépendances liées à
un ouvrage ou aménagement.
Les autres formes d'aménagement retenues dans la typologie peuvent également être localisées
selon des critères similaires :
? les « bâtiments liés à la surveillance et la sécurité de la navigation», maritimes ou terrestres,
de par leur emprise au sol relativement faible seront localisés par un seul point GPS ;
? les « bâtiments » ayant un impact sur l'hydrodynamique ou le transit sédimentaire peuvent,
selon leur importance, être localisés par un point, ou par un ensemble de points permettant
de redessiner leur emprise au sol (principalement pour les formes de grande taille) ;
28/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
NB : Seuls les bâtiments situés en mer ou sur l'estran jusqu'au trait de côte seront concer-
nés par le recensement.
? l'enregistrement des voies d'accès au littoral (chemin, route, voie submersible) peut se faire
en effectuant un relevé de la terminaison de ces accès sur l'espace littoral, afin de conserver
l'information de leur position sur le littoral. Leur position pourra ensuite être confrontée à
celle de l'orthophotographie ;
? les aménagements « hydrauliques » (vannes, écluses, barrages...), en fonction de leur taille,
suivent les mêmes règles que celles énoncées pour les ouvrages.
Les règles qui régissent l'implantation de ces points sur les couches d?informations géographiques
seront présentées dans une notice séparée, liée au remplissage de la BDD.
2.4 Synthèse des actions préalables aux sorties sur le terrain
Illustration 32 : Tableau de synthèse des actions pour la préparation au recensement
(CETMEF, Rémi Boullay)
29/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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3 Recenser et connaître les ouvrages
3.1 Les fiches de terrain
Ces deux fiches, « Fiche de site » et « Fiche de défense contre la mer », sont la base de l'outil
créé pour le recensement. Elles doivent recueillir un maximum d'informations visuelles fournies par
l'ouvrage et son environnement lors de la visite de terrain. Elles sont pour cela divisées en plu-
sieurs parties thématiques permettant d'aborder l'ouvrage lui-même, respectivement l'aménage-
ment ou la méthode de protection, et son environnement. Comme son nom l'indique, la fiche « Dé-
fense contre la mer » doit être remplie pour tous les ouvrages ayant vocation de défense contre la
mer. Pour les aménagements et les méthodes de protection, cette fiche n'est pas obligatoire mais il
est préconisé de la remplir lorsque ceux-ci ont un impact hydro-sédimentaire. Les métadonnées
des fiches sont importantes (date de la visite et nom/service de l'opérateur recenseur) pour assurer
le suivi du recensement.
3.2 La « Fiche de site »
Elle se présente sous format A3 de manière à pouvoir créer un dossier qui accueillera les diffé-
rentes fiches de défense. La première page contient des informations descriptives à remplir sur le
terrain. La 4ème de couverture peut servir pour imprimer une photographie aérienne du site ou un
plan de localisation. L'intérieur pourra servir à des croquis expliquant le fonctionnement du site, la
position des différents ouvrages, la description des cordons dunaires ou de galets et des informa-
tions complémentaires sur le site ou ses ouvrages.
Le numéro attribué à la fiche de site est libre. Il ne sera a priori pas repris dans la BDD mais servira
aux services pour organiser le recensement sur leur territoire.
3.2.1 Informations générales sur la visite et le site
3.2.1.1 Informations générales sur la visite
La première section, « Informations générales sur la visite », renseigne les données liées à l'opéra-
teur, le numéro de fiche, la date, les conditions météorologiques et de marée et le type d'accès.
L'encart « Conditions météorologiques » permet de préciser les conditions rencontrées lors de la
visite de terrain. Le type de gêne engendré par une météorologie défavorable (brume provoquant
l'impossibilité de voir l'ouvrage dans son ensemble, relevés impossibles suite à une forte pluie...)
peut être précisé dans la partie « Observations ». Le principe est le même pour « Conditions de
marée » ; une fois cette information reportée, il est possible de préciser dans la partie « Observa-
tions » si l'état de la marée a eu un impact sur le recensement de l'ouvrage (impossibilité de voir
l'ouvrage complètement suite à un mauvais choix d'heure de visite par exemple). Le type d'accès
au site doit également être précisé car il peut expliquer certaines difficultés au recensement.
L'encart « observations » permet donc de donner des indications complémentaires sur les gênes
engendrées par les conditions météorologiques ou l'état de la marée mais aussi de donner plus
30/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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d'informations sur la méthodologie de visite du site ou de certains ouvrages, permettant d'aider ou
prévenir les futurs opérateurs, lors de visites ultérieures.
3.2.1.2 Informations générales sur le site
La seconde section, « Informations générales sur le site », permet de mieux localiser le site et dé-
crire son environnement. Les informations géographiques comprennent le nom du département, de
la commune et éventuellement du lieu-dit.
L'environnement caractérisant le site est décrit à travers différentes informations, géomorpholo-
giques, sédimentaires ou liées aux enjeux de la zone littorale protégée. Les « Caractéristiques de
la côte » correspondent à une description à grande échelle géographique (échelle régionale du
site) de la côte sur laquelle des ouvrages sont implantés. Les critères ont été simplifiés volontaire-
ment afin de donner un rapide aperçu du type de côte concerné :
? côte basse meuble, sableuse ou sablo-vaseuse en fonction du type de sédiment,
? côte à falaise, vive ou morte, indurée ou meuble, pour les côtes où les matériaux rocheux
grossiers (blocs) sont prépondérants.
Les zones humides seront associées aux côtes basses meubles sablo-vaseuses ; elles com-
prennent les estuaires et les zones basses (marais maritimes, lagunes). L'existence de plages de
poche, en général associées à des côtes à falaise morte, sera éventuellement précisée.
Il est nécessaire de ne sélectionner que l'une ou l'autre des deux caractéristiques (côte basse
meuble ou à falaise) et de les préciser par les choix proposés. Une description plus approfondie
du site peut être apportée dans la partie consacrée aux « Observations ».
De l'échelle globale de la côte, on descend maintenant à une macro-échelle pour décrire les struc-
tures remarquables et les types de sédiments présents sur le site. Les champs retenus pour les
structures remarquables sont les cordons (dunaires ou de galets), les platiers rocheux et les
formes de slikke ou schorre qui peuvent accompagner des sites à tendance sablo-vaseuse.
Les choix de remplissage pour ces deux informations ne sont pas restrictifs : ils peuvent se cumu-
ler car il n'est pas rare d'avoir plusieurs types de structures naturelles et de sédiments présents.
On retiendra cependant les informations majoritaires sur un site, les choix pouvant être complétés
si besoin par des observations sur l'état des structures, par exemple.
Remarque : La présence d'un cordon dunaire ou de galets permettra d'aiguiller l'opérateur vers la
possibilité d'avoir des méthodes « douces » liées notamment au confortement sur cette zone.
Il est également possible de renseigner la tendance sédimentaire observée sur le site dans l'encart
« Evolution du trait de côte » (tendance à l'érosion, l'accrétion ou la stabilité), tout en gardant des
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 33 : Côte sableuse
(Hardelot-Plage, 62)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 34 : Côte rocheuse
(Tregastel, 22)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 35 : Zones humides
(Estuaire de la Canche, 62)
31/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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réserves sur une observation de ce type à un instant donné. Pour aider à déterminer cette évolu-
tion, des éléments sont donnés en présence d'une dune d'arrière-plage (voir 3.2.3).
Une fois le contexte géomorphologique du site décrit, la dernière partie à renseigner sur le site cor-
respond aux enjeux présents dans la zone littorale protégée, qui sont souvent multiples. Les en-
jeux dégagés sont les plus courants : enjeux liés à l'habitat (zone urbaine dense, habitat diffus, es-
paces de loisirs), à l'activité économique et industrielle (zone portuaire, industrielle, agricole...), à
l'environnement (zone naturelle protégée, installations sensibles) et aux infrastructures de commu-
nication (routes, chemin de fer, réseaux d'énergie....). Un soin particulier doit être apporté pour les
zones naturelles protégées ou les installations sensibles (par exemple un complexe industriel clas-
sé) ; ce type d'information peut être trouvé lors de la préparation de la visite, ou complété plus tard.
L'encart « Observations » permet de mieux définir, au besoin, les types d'enjeux (type d'infrastruc-
ture de transport, d'accès au site, présence de parking, de camping, etc).
3.2.2 Informations sur les ouvrages du site
Cette section permet de renseigner le nombre d'ouvrages, d'aménagements ayant un impact sur le
littoral et de méthodes de protection liées au site. Elle permet d'indiquer les numéros des fiches
réalisées et de les relier au site. L'opérateur pourra ensuite comparer et vérifier que le nombre de
fiches contenues dans le « dossier de site » correspond à celui indiqué en première page.
3.2.3 Informations complémentaires sur le site
Les pages suivantes, internes, laissent la possibilité à l'opérateur de réaliser des schémas et cro-
quis permettant d'expliciter le fonctionnement général du site, les liaisons éventuelles entre ou-
vrages/aménagements et des informations d'ordre réglementaire sur le site.
Un encart spécifique à la description des cordons dunaires et de galets est prévu. Il consiste à pré-
ciser le type « d'assise » du cordon dunaire, qu'elle soit de forme triangulaire ou trapézoïdale, et le
type de contact plage/dune grâce à la présence d'une falaise dunaire ou celle d'une avant-dune.
En effet ces indications sont représentatives de tendances évolutives passées et à court terme des
cordons dunaires et peuvent aider à cibler des cordons plus ou moins fragiles. Une forme « éro-
dée » est également proposée pour indiquer la présence d'anciens cordons dunaires aujourd'hui
fortement réduits. Ces formes sont détaillées ci-après :
? La forme « érodée » correspond à une dune basse (le cordon bordier est bas ou a disparu),
les zones d?arrière pays de basse altitude ne sont quasiment plus protégées des submer-
sions (cf. Illustration 39).
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 36 : Cordon dunaire
(Hardelot-plage, 62)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 37 : Falaises du Cap
blanc-nez, (Escalles, 62)
(Source : F.Baudin)
Illustration 38 : Cordon de galets
(Saint-Valery-sur-Somme, 80)
32/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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? La forme en « triangle » caractérise une dune relativement étroite par rapport à sa hauteur ;
sa stabilité est relative, pouvant être mise en cause lors de phases d'érosion marine. On no-
tera la hauteur de la crête et une estimation de la largeur de la base du cordon (cf. Illustra-
tion 40).
? La forme en « trapèze » correspond à un profil dynamique de la dune, souvent d'origine an-
thropique. On notera la hauteur de la crête au point le plus élevé et une estimation de la lar-
geur de la base du cordon (cf. Illustration 41).
Illustration 39 : Forme érodée d'un
cordon dunaire
(Source : ONF)
Illustration 40 : Forme en triangle
(Source : ONF)
Illustration 41 : Forme en trapèze
(Source : ONF)
Pour caractériser le contact dune-plage, on notera les indices suivants :
? une banquette basse, végétalisée par du Chiendent des sables, signe d'une côte en accré-
tion,
? une falaise dunaire (plus ou moins haute), avec une pente raide non végétalisée, syno-
nyme d'une côte en érosion,
? un versant externe du cordon dunaire avec une forme aérodynamique en pente douce, vé-
gétalisée (naturellement ou artificiellement) et/ou avec présence d'oyat, indicateur d'une
côte globalement en équilibre.
La présence de matériaux ou d'un ouvrage entre la dune et la plage, pouvant « durcir » le pied de
dune, pourra être indiquée en précisant le type de matériaux et pourra éventuellement donner lieu
à une fiche de « défense contre la mer ».
Le verso du document (4ème de couverture) permet d'insérer la carte de localisation du site et de
positionner à la main les ouvrages et les numéros des fiches correspondantes. On gardera pour
cette carte ou photographie aérienne verticale, la dernière en date de bonne qualité.
3.3 La « Fiche de défense contre la mer »
3.3.1 Informations générales sur la défense
Comme pour la fiche de site, cette section renseigne des informations générales de type : numéro
de la fiche de défense, numéro de la fiche de site correspondante (celle-ci récapitule les conditions
d'accès à la défense et de la visite), date de la visite et nom et service de l'opérateur recenseur.
Cette section permet également d'indiquer le nom usuel de la défense recensée, qui fait référence
à la dénomination « locale » utilisée mais qui ne doit en aucun cas être prise au sens technique.
Elle est simplement notée ici à titre indicatif. Par exemple, un ouvrage appelé « digue-promenade »
de manière courante peut ne pas être au sens de la typologie proposée ci-après une « digue »,
mais un « perré ». Cette dénomination n'a donc aucune vocation technique.
33/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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Cette section permet également de caractériser le type de défense recensé dans cette fiche et d'al-
ler directement à l'encart correspondant. Trois catégories sont retenues : « ouvrage », « aménage-
ment » ou « méthode de protection du littoral ». Ces catégories sont choisies en fonction de la vo-
cation principale de la structure recensée et de son « rôle ». Par exemple, un perré protégeant un
front de mer contre l'action de la houle sera un ouvrage ayant vocation principale de défense
contre la mer et un bâtiment (poste de secours par exemple) sera un ouvrage d'aménagement.
N.B. : A une fiche de défense contre la mer correspondra donc soit un ouvrage, soit un aménage-
ment, soit une méthode de protection.
3.3.2 Ouvrage ayant vocation principale de défense contre la mer
On rappelle qu'un « ouvrage » désigne ici une construction dont l'objectif initial ou principal est la
défense contre les aléas marins (submersion et recul du trait de côte). L'ouvrage est décrit d'une
manière générale par sa fonction principale, et éventuellement secondaire, sa dénomination selon
la typologie définie au chapitre 1 et ses dimensions caractéristiques (longueur, largeur en
base/crête, différentes cotes). Les types d'ouvrage décrits dans cette partie sont donc des murs,
ouvrages de soutènement, perrés, digues côtières, brise-lames ou épis. Les ouvrages ne corres-
pondant pas à cette typologie seront renseignés sous l'appellation « Autres ».
N.B. : Un soin particulier doit être apporté aux dénominations d'ouvrage présentées en chapitre 1
car il s'agit d'un des éléments les plus importants pour l'homogénéité et la précision du recense-
ment. Un extrait du chapitre 1 avec la typologie des ouvrages pourra être emporté sur le terrain,
afin de limiter les risques de confusion lors du recensement.
La description de l'ouvrage est complétée par des données relatives à ses matériaux constitutifs,
son implantation, son orientation et son état général. Des schémas explicatifs peuvent être dessi-
nés pour représenter par exemple les points GPS pris pour décrire l'ouvrage. La présence de pro-
tection de pied ou de couronnement de l'ouvrage peut être indiquée avec le matériau constitutif.
3.3.2.1 Fonction principale de l'ouvrage
L'ouvrage est décrit en premier lieu par sa fonction principale. 5 fonctions ont été retenues pour la
défense contre la mer : la lutte contre l'érosion, la fixation du trait de côte (y compris le soutène-
ment des terres), la dissipation de l'énergie de la houle, la création d'un obstacle à l'écoulement et
la limitation des franchissements par paquets de mer. Considérant qu'un ouvrage de défense
peut remplir plusieurs fonctions en même temps, il est proposé de remplir éventuellement une
fonction secondaire. On ne retiendra donc dans cette partie que les deux fonctions majeures de
l'ouvrage :
? La protection contre l'érosion du trait de côte correspond aux ouvrages protégeant directe-
ment ou indirectement le trait de côte contre l'érosion marine en favorisant l'accumulation de
sédiments ou en en limitant le départ (par exemple les épis).
? La fixation du trait de côte correspond à des ouvrages qui empêchent le trait de côte de re-
culer en le figeant. C'est le cas par exemple des perrés. Le soutènement des terres, corres-
pondant plus spécifiquement à des ouvrages type « murs », sera associé à une fonction de
fixation du trait de côte.
? La dissipation d'énergie de la houle correspond aux ouvrages qui permettent d'atténuer l?agi-
tation derrière eux et vers la côte. Les ouvrages ayant cette propriété sont en général des
brise-lames ; on trouve aussi des aménagements ayant cette fonction, en particulier les
digues portuaires.
34/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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? La constitution d'un obstacle à l'écoulement correspond à des ouvrages luttant spécifique-
ment contre la submersion marine par débordement et permettant de protéger les terres et
biens en arrière de l?ouvrage. Il s'agit de la fonction principale des digues côtières. Il est en-
tendu que ces ouvrages peuvent constituer un temps un obstacle aux franchissements
lorsque le niveau d'eau est relativement bas.
? La limitation des franchissements par paquets de mer correspond à des ouvrages qui
luttent spécifiquement contre ce mode de submersion marine ; il peut s'agir par exemple de
murs ou de perrés équipés d'un couronnement. Ces ouvrages ne sont généralement pas
conçus pour constituer un obstacle à l'écoulement (ils peuvent rompre sous la charge).
N.B. : Dans le cas des ouvrages d'aménagement, la « fonction » réfère à l'utilisation qui est faite
de l'aménagement (accès, régulation hydraulique...) et est appelée « vocation principale » pour
éviter toute ambigüité. La « fonction principale » est indiquée en tant qu'« impact sur le littoral vou-
lu ». La liste des « vocations » d'aménagement n'est pas exhaustive ; le champ « Autres » permet
de la compléter par des ouvrages d'aménagement ou de protection n'étant pas proposés, ce qui
permet une utilisation plus large et souple de la fiche de terrain pour des recensements autres que
le recensement des ouvrages de défense.
3.3.2.2 Dimensions de l'ouvrage
Autant que possible, les dimensions de l'ouvrage seront prises lors de la visite de terrain. Pour cer-
tains ouvrages, le travail réalisé en amont à travers les documents d'archives permettra de pré-
remplir les caractéristiques de dimensionnement (notes de calcul, plans, autres caractéristiques,
année de construction, entretien, documents de référence...). Ces éléments pourront par exemple
être indiqués à l'intérieur de la fiche de site, dans l'encart réservé aux ouvrages du site. Ces dimen-
sions pourront alors être comparées avec celles obtenues lors de la visite.
La longueur de l'ouvrage ne pose pas de problème de compréhension, cependant pour les ou-
vrages « longs », on ne cherchera pas une grande précision sur l'estimation de la longueur. Les
points GPS suffiront. Pour la largeur d'ouvrage, il conviendra de préciser les mesures faites en pied
ou en crête d'ouvrage lorsque cette information sera pertinente.
Différentes cotes seront relevées : la cote d'arase de l'ouvrage (ou cote en crête ou « altitude »),
la cote du pied d'ouvrage (côté mer) et la cote du terrain naturel en arrière d'ouvrage. Pour les ou-
vrages longitudinaux de grande longueur, on privilégiera pour la cote d'arase la cote la plus basse
sur le profil en long de la crête. Ces informations seront facultatives pour les ouvrages type épis.
N.B. : Si le référentiel utilisé n'est pas l'IGN 69 (anciennement NGF), il conviendra de le préciser
(cf. utilisation des cotes marines).
3.3.2.3 Matériaux du corps et état de l'ouvrage
Cette partie aborde les matériaux de construction utilisés pour la partie apparente de l'ouvrage (ca-
rapace). Si un matériau n'est pas présent dans la liste, la case « Autres » permet de le préciser. Il
est recommandé de ne choisir que le matériau prédominant dans la structure. Si plusieurs maté-
riaux sont constitutif de l'ouvrage, ils peuvent être précisés dans le champ « Observations ». de
même, si la structure interne est connue elle peut aussi être complétée dans ce champ (exemple :
géotextile sous un perré en enrochements).
Remarque : Les matériaux sont « numérotés » de manière à pouvoir préciser les constituants des
protections de pied ou de couronnements éventuels.
L'état de l'ouvrage est abordé sommairement par une estimation visuelle permettent de le définir
d'une manière générale : « bon », « moyen » ou « mauvais ». Cette appréciation est seulement
donnée à titre indicatif. Cependant par « bon état » on entendra que l'ouvrage est apte à assurer
35/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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sa vocation première ; « moyen état » qu'il présente des signes de dégradation limitant son apti-
tude et « mauvais état » qu'il est jugé inapte à sa vocation première.
N.B. : Cette information ne peut en aucun cas être utilisée pour définir un plan de priorités de ges-
tion d'un parc d'ouvrages car l'outil développé pour le recensement n'est pas prévu pour un
usage de diagnostic. L'appréciation de l'état des ouvrage d'un point de vue technique et leur état
d'usage fera l'objet d'un outil spécifique.
3.3.2.4 Orientation et implantation de l'ouvrage
L'orientation et l'implantation de l'ouvrage permettent de mieux le décrire et vérifier la dénomination
attribuée à l'ouvrage en accord avec la typologie proposée ici.
L'orientation de l'ouvrage correspond à l'orientation majeure (ou générale) de l'ouvrage par rapport
à la côte, lorsque cette information est pertinente. On rappelle que :
? l'orientation longitudinale correspond à un ouvrage parallèle au trait de côte,
? et l'orientation transversale à un ouvrage perpendiculaire au trait de côte.
L'implantation de l'ouvrage est une information géographique sur la position de l'ouvrage par rap-
port à la mer (cf Illustration 43) qui permet entre autres de recenser les ouvrages situés en arrière-
côte servant de seconde ligne de défense en cas de rupture d'ouvrages plus proches de l'estran.
? Le critère « en mer » sera utilisé pour des ouvrages perpétuellement immergés (par
exemple des brise-lames).
? L'estran peut être subdivisé en trois zones en fonction de leur position par rapport à la mer.
Le « bas estran » est la zone proche des plus basses eaux observées, le « haut estran »
la plus proche du trait de côte. Le « mi-estran » est l'intermédiaire entre ces deux zones.
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 42 : Principales orientations des ouvrages de défense contre la mer.
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 43 : Localisation des différentes zones d'implantation possibles.
36/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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Dans le cas des ouvrages transversaux (type épis), l'implantation sera la zone couverte par l'ou-
vrage (Haut-estran + Mi-estran).
Pour les milieux microtidaux (type méditerranéens), ces critères seront entendus en tant que
« haut de plage » ou « bas de plage ». Les brise-lames ayant conduit à des tombolos seront
considérés malgré tout « en mer » pour rester conforme à la définition proposée pour la typologie.
3.3.2.5 Autres propriétés : protection de pied et couronnement
Un ouvrage peut posséder une protection de pied, souvent sous forme d'enrochements, permet-
tant de diminuer le phénomène d'affouillement (mise à nu de ses fondations) dû à une forte réflec-
tivité (dans le cas d'un mur par exemple) et/ou un couronnement permettant d'éviter les projec-
tions de paquets de mer en arrière.
Ces propriétés doivent être signalées en cochant les cases appropriées et en précisant le type de
matériaux constitutif, particulièrement conseillé dans le cas d'une protection de pied. La partie
« Observations » permet de décrire leur géométrie si besoin.
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 45 : Exemple d'un mur
avec protection de pied anti-
affouillement (Plouzané, 29)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 46 : Exemple d'un mur
avec couronnement (Plouzané,
29)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 47 : Exemple d'un perré
avec protection anti-affouillement
en palplanches intégrée à
l'ouvrage. (Hardelot ? Plage, 62)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
Illustration 44 : Exemple d'un perré avec protection de
pied et couronnement.
37/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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3.3.2.6 Relevés GPS, schémas et photographies de l'ouvrage
Cette section permet de réaliser un croquis succinct de l?ouvrage. Le choix de la vue/coupe est
libre pour l'opérateur mais, pour les configurations compliquées, il est recommandé de faire un
schéma d'une vue en plan (de dessus) et un autre d'une vue en travers (en coupe). Si plus de
place est nécessaire, il est conseillé d'utiliser l'espace intérieur de la fiche de site. De même pour le
cas d'un ouvrage croisant des aménagements, les aménagements peuvent figurer sur le schéma
mais l'ouvrage principal, objet de la fiche, doit être clairement défini (surlignage par exemple). On
pourra utiliser cet encart pour indiquer les points GPS relevés (voir les préconisations en 2.3.2).
Pour les relevés photographiques, il est recommandé de faire trois clichés de l'ouvrage : un en long
(ouvrage dans son intégralité), un en travers (information sur la géométrie en coupe du corps de
l'ouvrage) et un sur l'ouvrage en plan (de manière à avoir une vue de l'ouvrage en contre-plongée).
Cependant lors de visites de terrain, au vu de la configuration des lieux parfois difficile, ces recom-
mandations peuvent ne pas être simples à suivre. Il est alors conseillé à l'opérateur de trouver les
angles de vue représentant le mieux l'ouvrage et les caractéristiques citées ci-dessus dans une li-
mite de 3 photographies représentatives de l'ouvrage.
3.3.2.7 Autres informations relevant de l'encart « Observations »
Notion d'ouvrages associés :
Cette notion n'a pas été retenue comme un critère descriptif de l'ouvrage, cependant elle permet
d'avoir des informations sur l'organisation spatiale des ouvrages entre eux : sont-ils isolés ou grou-
pés ? Par exemple des épis construits en « batterie » sont dits « associés », car l'impact sur le litto-
ral est lié à leur dépendance entre eux. Dans un autre cas, des ouvrages et des aménagements
peuvent être liés, par exemple un perré « possédant » une cale de mise à l'eau et des escaliers :
les objets « perré », « escaliers » et « cale de mise à l'eau » seront dit associés. Les aménage-
ments seront indiqués sur la fiche de l'ouvrage principal et ne feront l'objet d'une fiche que s'ils ont
un propre impact hydro-sédimentaire.
Pour le cas particulier des ouvrages fonctionnant en batterie, comme par exemple les épis, ou les
brise-lames, il est recommandé de ne faire qu'une fiche concernant toute la batterie en relevant la
position de chacun des objets de la batterie. Un schéma global incluant tous les objets de la batte-
rie sera aussi effectué, par exemple dans la fiche de site. Ceci n'est valable que si les objets
constituant le groupement ont les mêmes propriétés de forme et matériaux. L'« état » correspondra
à l'ensemble de la batterie mais des précisions pourront être apportées pour certains ouvrages.
Observations et impacts sur le milieu :
L'implantation d'un ouvrage sur le littoral engendre une modification de la dynamique de transport
sédimentaire par rapport à l'état naturel, qui peut être responsable de phénomènes d'érosion (dimi-
nution du stock sédimentaire) ou d'accumulation (augmentation du stock sédimentaire). Ces phé-
nomènes sont souvent liés et peuvent être volontaires et maîtrisés dans le cas d'un ouvrage cor-
rectement dimensionné, ou involontaires dans le cas d'ouvrages mal dimensionnés ou dont l'im-
pact a été mal évalué (cas d'une cale de mise à l'eau stoppant le transit sédimentaire par
exemple).
L'observateur peut décrire, à titre indicatif, l'impact de l'ouvrage sur son environnement dans la par-
tie « Observations ». Cette information reste optionnelle car l'analyse du changement de dyna-
mique sédimentaire engendré par un ouvrage ne peut se faire que sur une grande période avec
des mesures régulières de suivi pour être fiable.
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3.3.3 Aménagement ayant un impact hydro-sédimentaire
3.3.3.1 Vocation principale et impact sur le littoral
On rappelle que le terme « aménagement » correspond ici à une infrastructure, une construction
ou un bâtiment ayant une vocation première ou principale autre que la défense contre la mer et les
aléas marins (submersion ou recul du trait de côte) mais présentant un impact hydrosédimen-
taire. Pour éviter toute confusion avec les ouvrages dont la « fonction principale » est la protection
du littoral contre les aléas côtiers, ici la fonction des ouvrages d'aménagement réfère à l'utilisation
qui est faite de l'aménagement (accès, régulation hydraulique...) et est appelée « vocation princi-
pale ». La liste des « vocations » d'aménagement n'est pas exhaustive : elle ne comprend que 5
grandes catégories, à savoir les aménagements de type « accès », de « régulation hydraulique »,
« portuaires », les « bâtiments » et les aménagements liés à la « sécurité et la surveillance » (de la
navigation, des plages, etc.). Le champ « Autres » permet de compléter cette liste par des aména-
gements n'étant pas proposés.
L'impact sur le littoral de ces aménagements peut être le même que des ouvrages de défense. Les
impacts correspondent donc plus ou moins aux fonctions principales des ouvrages de défense :
modification des houles à la côte, modification de l'écoulement, limitation des franchissements, in-
terruption du transit sédimentaire et fixation du trait de côte. Il est envisageable que cette liste d'im-
pacts ne soit pas exhaustive : il est proposé une catégorie « Autres » à compléter en cas de be-
soin.
3.3.3.2 Dénomination des aménagements
Une liste de dénominations, non nécessairement exhaustive, est proposée pour les aménage-
ments les plus courants sur le trait de côte. On retrouve des aménagements de type « accès », les
remblais routiers ou ferroviaires, chemins, voies submersibles, ponts, escaliers, cales ; des aména-
gements liés à la régulation hydraulique type vannes, écluses, barrages et exutoires ; des aména-
gements portuaires type digues, brise-lames, quais, barrages ou écluses ; des bâtiments type
murs, clôtures, blockhaus, bâtiments de loisirs ou récréatifs, et les constructions nécessaires à la
sécurité de la navigation, qu'elles soient maritimes ou terrestres, et liées à la surveillance des
plages et de la baignade. Cette liste n'étant pas exhaustive, il est possible de la compléter à l'aide
de la rubrique « Autres » et de la préciser.
Illustration 48 : Exemple d'un aménagement
hydraulique (exutoire), pouvant jouer un rôle de
blocage du transit sédimentaire (Asnelles, 14)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
39/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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N.B. : Dans le cas des ouvrages portuaires, on ne s'attachera à recenser que les ouvrages « exté-
rieurs » pouvant avoir un impact hydro-sédimentaire sur l'environnement littoral. Il ne sera pas né-
cessaire a priori de recenser les ouvrages intérieurs des grands ports maritimes par exemple.
3.3.3.3 Informations complémentaires facultatives
Il est également proposé de remplir de manière facultative des informations liées aux matériaux
constitutifs, à l'état, l'orientation, l'implantation et les caractéristiques de l'aménagement renseigné
(existence d'une protection de pied, d'un couronnement et/ou d'un soutènement lié à l'aména-
gement). Les numéros à inscrire dans les cases correspondantes sont liés à ceux indiqués dans la
partie « Ouvrages de défense ». Ces informations sont facultatives car elles ne seront pas toujours
considérées comme pertinentes, cependant il est conseillé de les renseigner autant que possible.
N.B. : Les points GPS relevés, numéros des photographies prises et schémas éventuels pourront
être renseignés dans l'encart situé dans la partie « Ouvrage de défense » ou alors dans la fiche de
site correspondante.
3.3.4 Méthodes de protection contre l'érosion
La majorité des méthodes de protection contre l'érosion proposées pour le recensement ne seront
pas « visibles » lors de l'arpentage du littoral ; certaines données seront obtenues lors de la re-
cherche en archives réalisée soit au préalable soit après la visite de terrain. Cependant il semble
nécessaire d'indiquer certains éléments descriptifs des méthodes retenues. Il s'agit du by-pass, du
drainage de plage, du rechargement de plage et du confortement dunaire ou de falaise. Cette liste
n'étant pas exhaustive, le recenseur sera libre de compléter l'encart « Autres » laissé à disposi-
tion :
? Le drainage de plage sera caractérisé par le nombre de rangées de drains en parallèle utili-
sées sous l'estran et leur longueur (le plus souvent une seule rangée est posée mais parfois
deux rangées ont pu être testées sur de larges estrans).
? Le by-pass, caractérisé par la méthode utilisée pour le déplacement des sédiments, réalisé
« mécaniquement » ou à l'aide d'une pompe hydraulique. Le volume déplacé et la périodici-
té des mouvements seront précisés.
? Pour le rechargement de plage, il sera précisé le lieu du rechargement (en mer dans les pe-
tits fonds ou sur l'estran), le volume rechargé, la surface concernée, la périodicité (si forma-
lisé) et la date du dernier rechargement. Si une butée de pied a été implantée pour pérenni-
ser le rechargement, sa présence sera indiquée et le matériau constitutif précisé.
? Le type de confortement dunaire sera précisé (végétalisation/plantation, pose de ganivelles,
aménagement de la circulation piétonne, ou « Autres »). La longueur ou la surface de cor-
don concernée sera précisée si connue ou évaluée grossièrement. La date des derniers
aménagements réalisés sera éventuellement précisée si connue.
? Le type de confortement de falaise sera précisé entre le drainage, la pose de grillage, la pro-
jection de béton ou équivalent, la protection de pied ou « Autres ». Dans le cas d'une pro-
tection de pied, le matériau utilisé sera indiqué.
N.B. : il ne sera généralement pas demandé de relevé de points GPS pour les méthodes douces.
Cependant il est conseillé d'indiquer la zone concernée de manière aussi précise que possible sur
la carte/photographie aérienne du site. D'autre part, un encart « Observations » est réservé pour
tout complément éventuel d'informations relatives à la méthode de protection recensée si les
champs proposés ne sont pas suffisants.
40/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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3.4 Améliorer la connaissance : recherches complémentaires
Comme nous l'avons vu, certaines informations ne pourront pas être recueillies sur le terrain, no-
tamment pour les méthodes douces, et une recherche en archives de documentation technique
sera nécessaire. Certaines informations indiquées ci-après peuvent être précisées dans l'encart
prévu en 2ème page de la fiche de site : « Compléments d'information sur le site et ses ouvrages ».
3.4.1 Informations complémentaires sur le site
Si diverses photographies aériennes, verticales ou obliques, ou diverses cartes permettant de re-
tracer un historique d'aménagement du site sont retrouvées, elles pourront être numérisées et ren-
seignées avec la fiche de site. Un dossier numérique devra être constitué avec l'ensemble de ces
données et pourra renseigner ultérieurement la base de données sur les ouvrages. Un certain
nombre d'informations sur les méthodes douces est demandé dans le cadre de ce recensement.
Cependant elles ne sont pas exhaustives. Si d'autres informations sont trouvées lors d'une re-
cherche en archives, elles doivent être indiquées soit dans l'encart « Observations » de la mé-
thode, soit dans la fiche de site. Par exemple, le rechargement de plage est parfois caractérisé par
un volume de rechargement, une période de rechargement dans l'année et l'origine des sédiments
utilisés lors du rechargement peut être connue. Ces informations peuvent être utiles. Il est aussi
possible de mentionner la présence d'un plan de prévention des risques (PPR) sur le site, et d'en
spécifier son type (littoral, mouvement de terrain, multi-risques...).
3.4.2 Informations réglementaires sur l'ouvrage
Les informations concernant la propriété et la gestion de l'ouvrage recensé sont très utiles et, si
elles sont rencontrées dans certains documents, elles doivent être mentionnées. On rappelle que
le propriétaire et le gestionnaire peuvent être la même entité ou deux entités distinctes. Le proprié-
taire peut prendre diverses formes : État, collectivités, associations syndicales (autorisées,
forcées), personnes privées. Le gestionnaire est chargé par le propriétaire, sous couvert d?un
contrat, de l?entretien et du bon fonctionnement des ouvrages. Le propriétaire du terrain peut être
différent du propriétaire de l'ouvrage (exemple : ouvrages construits sur le DPM).
D'autres observations concernant la réglementation peuvent être indiquées (existence de procé-
dures juridiques en cours, litiges de construction ou d'entretien...). Certains documents peuvent
avantageusement être référencés dans un « dossier d'ouvrage », notamment le Titre d?occupation
du DPM (référence de l?autorisation) ou la classe de l'ouvrage (référence de l'avis préfectoral de
classement de l'ouvrage au titre du décret du 11 décembre 2007).
3.4.3 Documentation technique de l'ouvrage
La documentation technique consiste à renseigner un dossier d'ouvrage et de noter les sources
consultées sur l'ouvrage ainsi que leurs lieux de stockage, de manière à aider l'opérateur en cas
de recherches postérieures. Si l'ouvrage fait l'objet d'un suivi, par exemple topographique, il est
possible de le préciser et d'indiquer le maître d'ouvrage et/ou le prestataire. Les plans de construc-
tions, photographies, notes de calculs et tout document concernant la construction de l'ouvrage
peuvent également être intéressants.
41/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
4 BIBLIOGRAPHIE
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néral de la Manche, 1996.
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sillon : Quel territoire protéger, à quel coût, suivant quel(s) critères ?, CETE Méditerranée, 2008.
STCPMVN, Le littoral français : dommages côtiers et ouvrages de défense (4 volumes), Ministère
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nistère, DDE du Finistère, 2008.
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PTOLEMEE, LATTEUX (B.), Etude comportementale, évaluation des risques et des enjeux, recen-
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raux meubles par l?utilisation de méthodes souples. Qu?en est-il en France aujourd?hui ?, CETMEF,
2008.
Université de Caen, LEMIERE (Samuel), Mise en oeuvre d'une méthode d'inspection visuelle des
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littoral du Languedoc-Roussillon : analyse et structuration de la base de données, Service Maritime
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protection des littoraux sableux, toutes façades, Tome 3 : Documents photographiques,
STCPMVN, LCHF, 1992.
43/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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5 Annexes
5.1 Glossaire
Affouillement : Erosion en pied d'ouvrage sur le rivage due aux courants et aux vagues.
Aménagement : Construction correspondant ici à une infrastructure, une construction ou un bâti-
ment ayant une vocation première ou principale différente de la défense contre les aléas côtiers
(submersion ou recul du trait de côte) mais ayant un impact hydrosédimentaire sur le littoral.
Arpentage (du littoral) : Terme qui désigne ici l'action de marcher de manière systématique le
long du littoral pour recenser les structures côtières (vient de « arpenter » : 1/ Mesurer la superficie
d'un terrain -par arpent- et 2/ Parcourir à grands pas un lieu, d'après le Larousse).
Arrière-côte : Partie située en retrait du rivage, côté terre.
Artificialisation : Intervention humaine sur un milieu naturel qui a pour conséquence de lui faire
perdre son caractère « naturel ». Pour le Service de l'Observation et des Statistiques de l'Environ-
nement du MEEDDM, « l?artificialisation du territoire résulte de l?urbanisation et de l?expansion des
infrastructures. Elle engendre une perte de ressources naturelles et agricoles et une imperméabili-
sation des sols, généralement irréversible ».
Avant-dune : Dune littorale de première ligne formant un bourrelet plus ou moins fixé par la végé-
tation, parallèle au trait de côte et solidaire de la plage, c'est-à-dire échangeant du sable avec elle.
Elle se forme à partir de fixation du sable éolien venu du côté mer en haut de plage.
Barbacane : Orifice étroit et vertical aménagé dans les murs de soutènement de terrasses et d'ou-
vrages d'art, pour faciliter l'évacuation des eaux pluviales infiltrées dans les remblais.
Bouchon vaseux : Phénomène naturel d'accumulation de sédiments fins en suspension de forte
concentration, caractéristique des estuaires, se déplaçant en fonction de la marée et de l'hydrolo-
gie du cours d'eau. Souvent riche en matière organique, il peut avoir des conséquences impor-
tantes d'ordres sanitaire, biologique, sédimentaire et/ou économique.
Carapace : Elément posé sur le coeur d'un ouvrage permettant de le protéger contre l'énergie de la
houle et l'érosion des sous-couches du noyau.
Cellule sédimentaire : Portion du littoral ayant un fonctionnement sédimentaire relativement auto-
nome par rapport aux portions voisines.
Côte à falaise : Tronçon de littoral essentiellement dominé par des escarpements rocheux créés
par érosion d'au moins quelques mètres. On distingue les falaises mortes ou vives et les falaises
meubles ou indurées.
Côte basse meuble : Zone d'accumulation de sédiments non consolidés (galets, sables, vases)
d'une hauteur généralement inférieure à 2 mètres. On y retrouve typiquement des littoraux sui-
vants : plages, lagunes, marais maritimes, estuaires ou deltas.
Cote d'arase : Altitude du niveau supérieur d'un ouvrage généralement plat.
Couronnement : Elément constitutif d'un ouvrage positionné au-dessus de sa crête permettant de
la consolider et pouvant par exemple être équipé d'un mur de garde limitant les franchissements.
Estran (Bas/moyen/haut estran) : Espace compris entre les plus hautes et plus basses mers
connues. Le bas-estran se situe au niveau des basses-mers moyennes (entre les basses mers de
vive-eau et de morte-eau) ; le haut estran est la zone de transition entre les domaines marin et ter-
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restre, au-delà des pleines-mers moyennes ; le moyen estran constitue la majeure partie de l'es-
tran.
Falaise dunaire : Profil résultant de l?érosion marine d'une dune ancienne fixée par une pelouse
ou un boisement qui ont été à l'origine de la formation d'une couche d'humus ou de sol sableux.
Falaise meuble/indurée : Les falaises meubles sont des falaises d'accumulation de matériel non
consolidé (galets, sables) au contraire des falaises indurée ou rocheuses dites d'ablation.
Falaise vive/morte : Une falaise vive est régulièrement en contact avec la mer, au contraire d'une
falaise morte, dont l'évolution n'est plus liée à l'action de la mer.
Franchissements (par paquets de mer) : Dépassement intermittent de la crête des ouvrages ou
structures naturelles par la houle après déferlement alors que le niveau d'eau ne l'atteint pas.
Méthodes douces : Méthodes de protection du littoral reposant sur le principe de maintien de la
capacité de résilience du système côtier. Les méthodes douces, ou « souples », sont dites « ac-
tives » car la protection évolue avec les facteurs de forçage ; elles intègrent également les notions
de réversibilité des ouvrages et d'intégration paysagère. Elles s'opposent ainsi aux ouvrages de
protection classiques.
Ouvrage de protection côtière : Structure côtière construite et dimensionnée pour répondre à
une vocation initiale de réduction des aléas côtiers.
Palplanche : Pieu en bois ou métallique conçu pour être battu en terre en s'enclenchant aux pieux
voisins par l'intermédiaire de nervures latérales. Les palplanches permettent de constituer un mur
de soutènement, un batardeau, une palée ou un écran imperméable.
Paquets de mer : voir franchissements.
Parc (d'ouvrages) : Ensemble des ouvrages permettant la protection d'une ou plusieurs zones cô-
tières, dont le contrôle ou la gestion est assurée par un service.
Phénomènes hydromorphologiques : (vient de hydraulique et morphologie) Ensemble des phé-
nomènes ayant un impact sur la dynamique de l'hydraulique et la morphologie (ici du littoral) et de
leurs interactions.
Plage de poche : Couverture sableuse peu épaisse (généralement moins de 5 mètres) recouvrant
un socle rocheux aplani et située dans le fond d'une baie rocheuse et ouverte.
Platier rocheux : Etendue rocheuse à l'affleurement sur l'estran.
Protection de pied : Elément constitutif d'un ouvrage positionné à sa base côté mer pour lutter
contre les affouillements (parafouille) ou assurer la stabilité en pied de l'ouvrage (butée de pied).
Récif artificiel : Structure volontairement immergée à des fins de protection physique d'un lieu
(contre les vagues), de production halieutique (par colonisation d'espèces) ou de loisir.
Recul du trait de côte : Déplacement vers l'intérieur des terres de la limite entre le domaine marin
et le domaine continental, en conséquence d'une perte de matériaux sous l'effet de l'érosion ma-
rine.
Schorre : (Herbus ou Prés-salés) Domaine végétalisé de l'espace intertidal supérieur présent dans
les baies, estuaires ou marais maritimes.
Site : (dans le cadre de ce travail) Découpage, plus ou moins arbitraire, du linéaire côtier selon des
critères simples d'homogénéité géomorphologique ou d'exposition aux phénomènes naturels.
Slikke : Espace intertidal moyen ou inférieur, dénudé de végétation dans les baies, estuaires ou
marais maritimes.
Soutènement : Action de résister à des poussées latérales notamment la poussée des terres en
sous sol.
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Structure de protection côtière : Entité naturelle ou construite ayant un impact sur le littoral en
modifiant localement les phénomènes hydrauliques ou sédimentaires.
Submersion marine : Inondation temporaire de la zone côtière par la mer dans des conditions
météorologiques et marégraphiques sévères provoquant des ondes de tempête.
Système de défense : Ensemble des structures côtières et aménagements concourant à la pro-
tection d'une zone donnée.
Tombolo : flèche littorale formant un isthme entre une presqu'île et la terre ou entre une île et la
terre si celui-ci est immergé à marée haute ; par extension flèche littorale formant un isthme entre
un ouvrage type brise-lames et la terre.
Trait de côte : Ligne d'intersection de la surface topographique avec le niveau des plus hautes
mers astronomiques (au sens du Service Hydrographique et Océanographique de la Marine) ; par
extension la limite entre la terre et la mer.
Tronçon : Section longitudinale d'un ouvrage caractérisée par un ou des matériaux identiques et
des caractéristiques géométriques homogènes (de protection de pied ou de couronnement).
Typologie : Étude des traits caractéristiques dans un ensemble de données en vue d'y déterminer
des types, des systèmes et une classification.
Zone basse : Zone dont la topographie est située à une altitude inférieure à un niveau marin de ré-
férence.
Zone humide : (d'après la loi sur l'eau de 1992) Appellation correspondant aux « terrains, exploi-
tés ou non, habituellement inondés ou gorgés d'eau douce, salée ou saumâtre de façon perma-
nente ou temporaire ; la végétation, quand elle existe, y est dominée par des plantes hygrophiles
pendant au moins une partie de l'année ».
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5.2 Liste des études recensées
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5.3 Fiches de terrain
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5.4 Termes de référence du groupe de travail et liste des
participants / relecteurs
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Liste des participants et des relecteurs du comité de pilotage :
NOM Prénom Service
ALLAIN Maëlle DGALN/DEB/LM2
AZZAM Catherine DGPR/SRNH/BRM
BOUTTES François CETMEF/DELCE
BRUNE Anne DREAL PACA
CHASSE Patrick CETMEF/DELCE
Du BOIS Maxime DGPR/SNRH/STEEGBH
DUPOUY Hervé DREAL PC
DUPRAY Sébastien CETMEF/DIR
FAVREL Gaëlle DREAL PDL
GABER Jean DGITM/SAGS/EP1
HERBINOT Fabienne DREAL Bretagne
KAHAN Jean-Marc DGPR/SRNH/STEEGBH
L'HER Joël CETMEF/DELCE
LALANDE Jean-Philippe DGPR/SRNH
MARTINI Frédérique DGPR/SRNH/BRM
MONIE Nicolas DGPR/SNRH/STEEGBH
OBE Thomas DREAL PDL
RAOUT Frédéric DGALN/DEB/LM2
RICHARD Florence DREAL Bretagne
ROCHE Amélie CETMEF/DELCE/DHSM
ROYET Paul Cemagref
TOURMENT Rémy Cemagref
UHL Frédéric DGALN/DEB/LM2
VANROYE Cyril DREAL LR
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Liste des participants et des relecteurs du comité technique :
NOM Prénom Service
ALLAIN Maëlle DGALN/DEB/LM2
BAZIN Patrick Conservatoire du Littoral
BERTRAND Xavier CETE Ouest / CECP Angers
CHASSE Patrick CETMEF/DELCE
COLAS Sébastien Observatoire du Littoral
DENIAUD Yann CETE Nord-Picardie
Du BOIS Maxime DGPR/SNRH/STEEGBH
DUPRAY Sébastien CETMEF/DIR
GARDET Sylvain CETE Sud-Ouest / Lab. Bordeaux
GOUGUET Loïc ONF
LANDREAU Bruno DDTM Charente-Maritime
Le BERRE Iwan Univ. Bretagne Occidentale
LEDOUX Patrick CETE Méditerranée
LENOTRE Nicole BRGM
LEVACHER Daniel Univ. Caen
L'HER Joël CETMEF/DELCE
MALLET Cyril BRGM / Observatoire Côte Aquitaine
MONIE Nicolas DGPR/SNRH/STEEGBH
OLIVEROS Carlos BRGM
PERHERIN Céline CETMEF/DELCE/DHSM
PLACINES Jean DDTM Vendée
PREVOT Guirec CETMEF/DPMVN/DOPM
RAOUT Frédéric DGALN/DEB/LM2
REVEL Jérôme CETE Sud-Ouest / Lab. Bordeaux
ROCHE Amélie CETMEF/DELCE/DHSM
ROUXEL Nicolas CETE Ouest / Lab. St Brieuc
ROYET Paul Cemagref
SANCHEZ Martin Univ. Nantes
SENHOURY Elhady CETMEF/DELCE/DHSM ? stagiaire
TOURMENT Rémy Cemagref
TRMAL Céline CETE Méditerranée
VIAL Thomas DDTM Pas de Calais
VIGNE Pierre CETE Normandie-Centre
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5.5 Index des illustrations
Illustration 1 : Exemple de différentes géométries de murs possibles...............................................10
Illustration 2 : Soutènement plan en bois (palplanches) (Cap Ferret, 33)..........................................10
Illustration 3 : Mur en béton (Plouzané, 29).......................................................................................10
Illustration 4 : Digue frontale (Beauvoir-sur-mer, 85).......................................................................10
Illustration 5 : Digue d'arrière côte en terre (Saintes-Maries-de-la-mer, 13).....................................10
Illustration 6 : Perré en maçonnerie (Hardelot-Plage, 62)..................................................................11
Illustration 7 : Perré en béton armé avec couronnement (Asnelles, 14).............................................11
Illustration 8 : Perré en enrochements (Barneville, 14)......................................................................11
Illustration 9 : Protection anti-affouillement d'un mur à ne pas recenser en tant qu'ouvrage (ouvrage
= mur) (Plouzané, 29).........................................................................................................................12
Illustration 10 : « Faux-ouvrage » à ne pas détailler ; indiquer sous la dénomination « Autres » (Cap
Ferret, 33)...........................................................................................................................................12
Illustration 11 : Brise-lames en enrochements (Palavas-les-flots, 34)...............................................13
Illustration 12 : Principe de fonctionnement d'une batterie d'épis......................................................13
Illustration 13 : Différentes géométries en plan des épis...................................................................14
Illustration 14 : Epi droit isolé en maçonnerie (St-Malo, 35).............................................................14
Illustration 15 : Epi en matériau géosynthétique (Courseulles, 14)...................................................14
Illustration 16 : Batterie d'épis en bois (palplanches) (Saint-Malo, 35).............................................14
Illustration 17 : Pieux hydrauliques en bois (Saint-Malo, 35)............................................................15
Illustration 18 : Cale de mise à l'eau (Plouzané, 29)..........................................................................15
Illustration 19 : Cale de mise à l'eau avec protection anti affouillement en enrochements (Granville,
50).......................................................................................................................................................15
Illustration 20 : Exutoire (Asnelles, 14).............................................................................................16
Illustration 21 :Exutoire (Asnelles, 14)..............................................................................................16
Illustration 22 : Digue d'entrée de chenal (Barneville-Carteret, 50)..................................................16
Illustration 23 : Quai portuaire (Barneville, 50).................................................................................16
Illustration 24 : Schéma de principe du By-pass................................................................................18
Illustration 25 : Principe du drainage de plage...................................................................................18
Illustration 26 : Principe d'un rechargement.......................................................................................19
Illustration 27 : Cordon dunaire conforté (Tombolo des Chevrets, 35).............................................19
Illustration 28 : Pied de falaise protégé par des épis (Picardie).........................................................20
Illustration 29 : Relevé des limites d'un ouvrage (exemple d'une cale adossée à un mur).................27
Illustration 30 : Relevé des changements de direction en long d'un ouvrage.....................................27
Illustration 31 : Relevé de dépendances (exemple d'un escalier à gauche et d'un exutoire à droite)
sur un ouvrage....................................................................................................................................27
Illustration 32 : Tableau de synthèse des actions pour la préparation au recensement......................28
Illustration 33 : Côte sableuse (Hardelot-Plage, 62)..........................................................................30
Illustration 34 : Côte rocheuse (Tregastel, 22)...................................................................................30
Illustration 35 : Zones humides (Estuaire de la Canche, 62)..............................................................30
Illustration 36 : Cordon dunaire (Hardelot-plage, 62)........................................................................31
Illustration 37 : Falaises du Cap blanc-nez, (Escalles, 62).................................................................31
Illustration 38 : Cordon de galets (Saint-Valery-sur-Somme, 80).....................................................31
Illustration 39 : Forme érodée d'un cordon dunaire............................................................................32
Illustration 40 : Forme en triangle......................................................................................................32
Illustration 41 : Forme en trapèze.......................................................................................................32
Illustration 42 : Principales orientations des ouvrages de défense contre la mer...............................35
60/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
Illustration 43 : Localisation des différentes zones d'implantation possibles.....................................35
Illustration 44 : Exemple d'un perré avec protection de pied et couronnement.................................36
Illustration 45 : Exemple d'un mur avec protection de pied anti-affouillement (Plouzané, 29).........36
Illustration 46 : Exemple d'un mur avec couronnement (Plouzané, 29).............................................36
Illustration 47 : Exemple d'un perré avec protection anti-affouillement en palplanches intégrée à
l'ouvrage. (Hardelot ? Plage, 62)........................................................................................................36
Illustration 48 : Exemple d'un aménagement hydraulique (exutoire), pouvant jouer un rôle de
blocage du transit sédimentaire (Asnelles, 14)...................................................................................38
AGj_CouvWeb_PréconisationsRecensementOuvrages _v02
notice_recensement_cetmef_janvier2011_250211Sign
Préface
Introduction
Intérêt d'un cadre méthodologique unifié pour les différents recensements des ouvrages littoraux
Mode d'élaboration et contenu de la notice
1 Typologie des structures côtières
1.1 Ouvrages ayant vocation principale de défense contre la mer
1.1.1 Murs et ouvrages de soutènement
1.1.2 Digues côtières
1.1.3 Perrés (non associés à des digues)
1.1.4 Brise-lames
1.1.5 Epis
1.1.6 Autres
1.2 Ouvrages ayant vocation principale d'aménagement et ayant un impact hydro-sédimentaire
1.2.1 Aménagements d'accès
1.2.2 Aménagements hydrauliques
1.2.3 Aménagements portuaires
1.2.4 Bâtiments
1.2.5 Aménagements liés à la sécurité ou la surveillance
1.2.6 Autres
1.3 Méthodes de protection du littoral
1.3.1 Le by-pass
1.3.2 Le drainage de plage
1.3.3 Le rechargement de plage
1.3.4 Le confortement dunaire
1.3.5 Le confortement de falaise
1.3.6 Autres
2 Préparation du recensement
2.1 Organisation de la sortie de terrain
2.1.1 Accéder au littoral et à l'ouvrage
2.1.1.1 Notion de site
2.1.1.2 L?accès
2.1.2 Pré-localisation des ouvrages
2.1.2.1 L'utilisation de clichés photographiques
2.1.2.2 Documentation complémentaire
2.1.3 Etablissement du planning des visites
2.2 Préparation des visites de recensement et relevés de terrain
2.2.1 Pré-renseignement des fiches de site et de défense contre la mer
2.2.2 L?influence des conditions extérieures
2.2.3 Le matériel
2.3 Préparer l?intégration à la BDD et au SIG
2.3.1 Préparer à l?intégration à la base de données
2.3.2 Règles de pointage des ouvrages
2.3.2.1 Intégration des données acquises pour la réalisation d?une couche SIG
2.3.2.2 Règles de relevés des coordonnées GPS
2.4 Synthèse des actions préalables aux sorties sur le terrain
3 Recenser et connaître les ouvrages
3.1 Les fiches de terrain
3.2 La «Fiche de site»
3.2.1 Informations générales sur la visite et le site
3.2.1.1 Informations générales sur la visite
3.2.1.2 Informations générales sur le site
3.2.2 Informations sur les ouvrages du site
3.2.3 Informations complémentaires sur le site
3.3 La «Fiche de défense contre la mer»
3.3.1 Informations générales sur la défense
3.3.2 Ouvrage ayant vocation principale de défense contre la mer
3.3.2.1 Fonction principale de l'ouvrage
3.3.2.2 Dimensions de l'ouvrage
3.3.2.3 Matériaux du corps et état de l'ouvrage
3.3.2.4 Orientation et implantation de l'ouvrage
3.3.2.5 Autres propriétés: protection de pied et couronnement
3.3.2.6 Relevés GPS, schémas et photographies de l'ouvrage
3.3.2.7 Autres informations relevant de l'encart «Observations»
3.3.3 Aménagement ayant un impact hydro-sédimentaire
3.3.3.1 Vocation principale et impact sur le littoral
3.3.3.2 Dénomination des aménagements
3.3.3.3 Informations complémentaires facultatives
3.3.4 Méthodes de protection contre l'érosion
3.4 Améliorer la connaissance: recherches complémentaires
3.4.1 Informations complémentaires sur le site
3.4.2 Informations réglementaires sur l'ouvrage
3.4.3 Documentation technique de l'ouvrage
4 BIBLIOGRAPHIE
5 Annexes
5.1 Glossaire
5.2 Liste des études recensées
5.3 Fiches de terrain
5.4 Termes de référence du groupe de travail et liste des participants / relecteurs
5.5 Index des illustrations
(ATTENTION: OPTION e intérieur de la fiche de site. De même pour le
cas d'un ouvrage croisant des aménagements, les aménagements peuvent figurer sur le schéma
mais l'ouvrage principal, objet de la fiche, doit être clairement défini (surlignage par exemple). On
pourra utiliser cet encart pour indiquer les points GPS relevés (voir les préconisations en 2.3.2).
Pour les relevés photographiques, il est recommandé de faire trois clichés de l'ouvrage : un en long
(ouvrage dans son intégralité), un en travers (information sur la géométrie en coupe du corps de
l'ouvrage) et un sur l'ouvrage en plan (de manière à avoir une vue de l'ouvrage en contre-plongée).
Cependant lors de visites de terrain, au vu de la configuration des lieux parfois difficile, ces recom-
mandations peuvent ne pas être simples à suivre. Il est alors conseillé à l'opérateur de trouver les
angles de vue représentant le mieux l'ouvrage et les caractéristiques citées ci-dessus dans une li-
mite de 3 photographies représentatives de l'ouvrage.
3.3.2.7 Autres informations relevant de l'encart « Observations »
Notion d'ouvrages associés :
Cette notion n'a pas été retenue comme un critère descriptif de l'ouvrage, cependant elle permet
d'avoir des informations sur l'organisation spatiale des ouvrages entre eux : sont-ils isolés ou grou-
pés ? Par exemple des épis construits en « batterie » sont dits « associés », car l'impact sur le litto-
ral est lié à leur dépendance entre eux. Dans un autre cas, des ouvrages et des aménagements
peuvent être liés, par exemple un perré « possédant » une cale de mise à l'eau et des escaliers :
les objets « perré », « escaliers » et « cale de mise à l'eau » seront dit associés. Les aménage-
ments seront indiqués sur la fiche de l'ouvrage principal et ne feront l'objet d'une fiche que s'ils ont
un propre impact hydro-sédimentaire.
Pour le cas particulier des ouvrages fonctionnant en batterie, comme par exemple les épis, ou les
brise-lames, il est recommandé de ne faire qu'une fiche concernant toute la batterie en relevant la
position de chacun des objets de la batterie. Un schéma global incluant tous les objets de la batte-
rie sera aussi effectué, par exemple dans la fiche de site. Ceci n'est valable que si les objets
constituant le groupement ont les mêmes propriétés de forme et matériaux. L'« état » correspondra
à l'ensemble de la batterie mais des précisions pourront être apportées pour certains ouvrages.
Observations et impacts sur le milieu :
L'implantation d'un ouvrage sur le littoral engendre une modification de la dynamique de transport
sédimentaire par rapport à l'état naturel, qui peut être responsable de phénomènes d'érosion (dimi-
nution du stock sédimentaire) ou d'accumulation (augmentation du stock sédimentaire). Ces phé-
nomènes sont souvent liés et peuvent être volontaires et maîtrisés dans le cas d'un ouvrage cor-
rectement dimensionné, ou involontaires dans le cas d'ouvrages mal dimensionnés ou dont l'im-
pact a été mal évalué (cas d'une cale de mise à l'eau stoppant le transit sédimentaire par
exemple).
L'observateur peut décrire, à titre indicatif, l'impact de l'ouvrage sur son environnement dans la par-
tie « Observations ». Cette information reste optionnelle car l'analyse du changement de dyna-
mique sédimentaire engendré par un ouvrage ne peut se faire que sur une grande période avec
des mesures régulières de suivi pour être fiable.
38/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
3.3.3 Aménagement ayant un impact hydro-sédimentaire
3.3.3.1 Vocation principale et impact sur le littoral
On rappelle que le terme « aménagement » correspond ici à une infrastructure, une construction
ou un bâtiment ayant une vocation première ou principale autre que la défense contre la mer et les
aléas marins (submersion ou recul du trait de côte) mais présentant un impact hydrosédimen-
taire. Pour éviter toute confusion avec les ouvrages dont la « fonction principale » est la protection
du littoral contre les aléas côtiers, ici la fonction des ouvrages d'aménagement réfère à l'utilisation
qui est faite de l'aménagement (accès, régulation hydraulique...) et est appelée « vocation princi-
pale ». La liste des « vocations » d'aménagement n'est pas exhaustive : elle ne comprend que 5
grandes catégories, à savoir les aménagements de type « accès », de « régulation hydraulique »,
« portuaires », les « bâtiments » et les aménagements liés à la « sécurité et la surveillance » (de la
navigation, des plages, etc.). Le champ « Autres » permet de compléter cette liste par des aména-
gements n'étant pas proposés.
L'impact sur le littoral de ces aménagements peut être le même que des ouvrages de défense. Les
impacts correspondent donc plus ou moins aux fonctions principales des ouvrages de défense :
modification des houles à la côte, modification de l'écoulement, limitation des franchissements, in-
terruption du transit sédimentaire et fixation du trait de côte. Il est envisageable que cette liste d'im-
pacts ne soit pas exhaustive : il est proposé une catégorie « Autres » à compléter en cas de be-
soin.
3.3.3.2 Dénomination des aménagements
Une liste de dénominations, non nécessairement exhaustive, est proposée pour les aménage-
ments les plus courants sur le trait de côte. On retrouve des aménagements de type « accès », les
remblais routiers ou ferroviaires, chemins, voies submersibles, ponts, escaliers, cales ; des aména-
gements liés à la régulation hydraulique type vannes, écluses, barrages et exutoires ; des aména-
gements portuaires type digues, brise-lames, quais, barrages ou écluses ; des bâtiments type
murs, clôtures, blockhaus, bâtiments de loisirs ou récréatifs, et les constructions nécessaires à la
sécurité de la navigation, qu'elles soient maritimes ou terrestres, et liées à la surveillance des
plages et de la baignade. Cette liste n'étant pas exhaustive, il est possible de la compléter à l'aide
de la rubrique « Autres » et de la préciser.
Illustration 48 : Exemple d'un aménagement
hydraulique (exutoire), pouvant jouer un rôle de
blocage du transit sédimentaire (Asnelles, 14)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
39/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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N.B. : Dans le cas des ouvrages portuaires, on ne s'attachera à recenser que les ouvrages « exté-
rieurs » pouvant avoir un impact hydro-sédimentaire sur l'environnement littoral. Il ne sera pas né-
cessaire a priori de recenser les ouvrages intérieurs des grands ports maritimes par exemple.
3.3.3.3 Informations complémentaires facultatives
Il est également proposé de remplir de manière facultative des informations liées aux matériaux
constitutifs, à l'état, l'orientation, l'implantation et les caractéristiques de l'aménagement renseigné
(existence d'une protection de pied, d'un couronnement et/ou d'un soutènement lié à l'aména-
gement). Les numéros à inscrire dans les cases correspondantes sont liés à ceux indiqués dans la
partie « Ouvrages de défense ». Ces informations sont facultatives car elles ne seront pas toujours
considérées comme pertinentes, cependant il est conseillé de les renseigner autant que possible.
N.B. : Les points GPS relevés, numéros des photographies prises et schémas éventuels pourront
être renseignés dans l'encart situé dans la partie « Ouvrage de défense » ou alors dans la fiche de
site correspondante.
3.3.4 Méthodes de protection contre l'érosion
La majorité des méthodes de protection contre l'érosion proposées pour le recensement ne seront
pas « visibles » lors de l'arpentage du littoral ; certaines données seront obtenues lors de la re-
cherche en archives réalisée soit au préalable soit après la visite de terrain. Cependant il semble
nécessaire d'indiquer certains éléments descriptifs des méthodes retenues. Il s'agit du by-pass, du
drainage de plage, du rechargement de plage et du confortement dunaire ou de falaise. Cette liste
n'étant pas exhaustive, le recenseur sera libre de compléter l'encart « Autres » laissé à disposi-
tion :
? Le drainage de plage sera caractérisé par le nombre de rangées de drains en parallèle utili-
sées sous l'estran et leur longueur (le plus souvent une seule rangée est posée mais parfois
deux rangées ont pu être testées sur de larges estrans).
? Le by-pass, caractérisé par la méthode utilisée pour le déplacement des sédiments, réalisé
« mécaniquement » ou à l'aide d'une pompe hydraulique. Le volume déplacé et la périodici-
té des mouvements seront précisés.
? Pour le rechargement de plage, il sera précisé le lieu du rechargement (en mer dans les pe-
tits fonds ou sur l'estran), le volume rechargé, la surface concernée, la périodicité (si forma-
lisé) et la date du dernier rechargement. Si une butée de pied a été implantée pour pérenni-
ser le rechargement, sa présence sera indiquée et le matériau constitutif précisé.
? Le type de confortement dunaire sera précisé (végétalisation/plantation, pose de ganivelles,
aménagement de la circulation piétonne, ou « Autres »). La longueur ou la surface de cor-
don concernée sera précisée si connue ou évaluée grossièrement. La date des derniers
aménagements réalisés sera éventuellement précisée si connue.
? Le type de confortement de falaise sera précisé entre le drainage, la pose de grillage, la pro-
jection de béton ou équivalent, la protection de pied ou « Autres ». Dans le cas d'une pro-
tection de pied, le matériau utilisé sera indiqué.
N.B. : il ne sera généralement pas demandé de relevé de points GPS pour les méthodes douces.
Cependant il est conseillé d'indiquer la zone concernée de manière aussi précise que possible sur
la carte/photographie aérienne du site. D'autre part, un encart « Observations » est réservé pour
tout complément éventuel d'informations relatives à la méthode de protection recensée si les
champs proposés ne sont pas suffisants.
40/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
3.4 Améliorer la connaissance : recherches complémentaires
Comme nous l'avons vu, certaines informations ne pourront pas être recueillies sur le terrain, no-
tamment pour les méthodes douces, et une recherche en archives de documentation technique
sera nécessaire. Certaines informations indiquées ci-après peuvent être précisées dans l'encart
prévu en 2ème page de la fiche de site : « Compléments d'information sur le site et ses ouvrages ».
3.4.1 Informations complémentaires sur le site
Si diverses photographies aériennes, verticales ou obliques, ou diverses cartes permettant de re-
tracer un historique d'aménagement du site sont retrouvées, elles pourront être numérisées et ren-
seignées avec la fiche de site. Un dossier numérique devra être constitué avec l'ensemble de ces
données et pourra renseigner ultérieurement la base de données sur les ouvrages. Un certain
nombre d'informations sur les méthodes douces est demandé dans le cadre de ce recensement.
Cependant elles ne sont pas exhaustives. Si d'autres informations sont trouvées lors d'une re-
cherche en archives, elles doivent être indiquées soit dans l'encart « Observations » de la mé-
thode, soit dans la fiche de site. Par exemple, le rechargement de plage est parfois caractérisé par
un volume de rechargement, une période de rechargement dans l'année et l'origine des sédiments
utilisés lors du rechargement peut être connue. Ces informations peuvent être utiles. Il est aussi
possible de mentionner la présence d'un plan de prévention des risques (PPR) sur le site, et d'en
spécifier son type (littoral, mouvement de terrain, multi-risques...).
3.4.2 Informations réglementaires sur l'ouvrage
Les informations concernant la propriété et la gestion de l'ouvrage recensé sont très utiles et, si
elles sont rencontrées dans certains documents, elles doivent être mentionnées. On rappelle que
le propriétaire et le gestionnaire peuvent être la même entité ou deux entités distinctes. Le proprié-
taire peut prendre diverses formes : État, collectivités, associations syndicales (autorisées,
forcées), personnes privées. Le gestionnaire est chargé par le propriétaire, sous couvert d?un
contrat, de l?entretien et du bon fonctionnement des ouvrages. Le propriétaire du terrain peut être
différent du propriétaire de l'ouvrage (exemple : ouvrages construits sur le DPM).
D'autres observations concernant la réglementation peuvent être indiquées (existence de procé-
dures juridiques en cours, litiges de construction ou d'entretien...). Certains documents peuvent
avantageusement être référencés dans un « dossier d'ouvrage », notamment le Titre d?occupation
du DPM (référence de l?autorisation) ou la classe de l'ouvrage (référence de l'avis préfectoral de
classement de l'ouvrage au titre du décret du 11 décembre 2007).
3.4.3 Documentation technique de l'ouvrage
La documentation technique consiste à renseigner un dossier d'ouvrage et de noter les sources
consultées sur l'ouvrage ainsi que leurs lieux de stockage, de manière à aider l'opérateur en cas
de recherches postérieures. Si l'ouvrage fait l'objet d'un suivi, par exemple topographique, il est
possible de le préciser et d'indiquer le maître d'ouvrage et/ou le prestataire. Les plans de construc-
tions, photographies, notes de calculs et tout document concernant la construction de l'ouvrage
peuvent également être intéressants.
41/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
4 BIBLIOGRAPHIE
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2008.
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43/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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5 Annexes
5.1 Glossaire
Affouillement : Erosion en pied d'ouvrage sur le rivage due aux courants et aux vagues.
Aménagement : Construction correspondant ici à une infrastructure, une construction ou un bâti-
ment ayant une vocation première ou principale différente de la défense contre les aléas côtiers
(submersion ou recul du trait de côte) mais ayant un impact hydrosédimentaire sur le littoral.
Arpentage (du littoral) : Terme qui désigne ici l'action de marcher de manière systématique le
long du littoral pour recenser les structures côtières (vient de « arpenter » : 1/ Mesurer la superficie
d'un terrain -par arpent- et 2/ Parcourir à grands pas un lieu, d'après le Larousse).
Arrière-côte : Partie située en retrait du rivage, côté terre.
Artificialisation : Intervention humaine sur un milieu naturel qui a pour conséquence de lui faire
perdre son caractère « naturel ». Pour le Service de l'Observation et des Statistiques de l'Environ-
nement du MEEDDM, « l?artificialisation du territoire résulte de l?urbanisation et de l?expansion des
infrastructures. Elle engendre une perte de ressources naturelles et agricoles et une imperméabili-
sation des sols, généralement irréversible ».
Avant-dune : Dune littorale de première ligne formant un bourrelet plus ou moins fixé par la végé-
tation, parallèle au trait de côte et solidaire de la plage, c'est-à-dire échangeant du sable avec elle.
Elle se forme à partir de fixation du sable éolien venu du côté mer en haut de plage.
Barbacane : Orifice étroit et vertical aménagé dans les murs de soutènement de terrasses et d'ou-
vrages d'art, pour faciliter l'évacuation des eaux pluviales infiltrées dans les remblais.
Bouchon vaseux : Phénomène naturel d'accumulation de sédiments fins en suspension de forte
concentration, caractéristique des estuaires, se déplaçant en fonction de la marée et de l'hydrolo-
gie du cours d'eau. Souvent riche en matière organique, il peut avoir des conséquences impor-
tantes d'ordres sanitaire, biologique, sédimentaire et/ou économique.
Carapace : Elément posé sur le coeur d'un ouvrage permettant de le protéger contre l'énergie de la
houle et l'érosion des sous-couches du noyau.
Cellule sédimentaire : Portion du littoral ayant un fonctionnement sédimentaire relativement auto-
nome par rapport aux portions voisines.
Côte à falaise : Tronçon de littoral essentiellement dominé par des escarpements rocheux créés
par érosion d'au moins quelques mètres. On distingue les falaises mortes ou vives et les falaises
meubles ou indurées.
Côte basse meuble : Zone d'accumulation de sédiments non consolidés (galets, sables, vases)
d'une hauteur généralement inférieure à 2 mètres. On y retrouve typiquement des littoraux sui-
vants : plages, lagunes, marais maritimes, estuaires ou deltas.
Cote d'arase : Altitude du niveau supérieur d'un ouvrage généralement plat.
Couronnement : Elément constitutif d'un ouvrage positionné au-dessus de sa crête permettant de
la consolider et pouvant par exemple être équipé d'un mur de garde limitant les franchissements.
Estran (Bas/moyen/haut estran) : Espace compris entre les plus hautes et plus basses mers
connues. Le bas-estran se situe au niveau des basses-mers moyennes (entre les basses mers de
vive-eau et de morte-eau) ; le haut estran est la zone de transition entre les domaines marin et ter-
44/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
restre, au-delà des pleines-mers moyennes ; le moyen estran constitue la majeure partie de l'es-
tran.
Falaise dunaire : Profil résultant de l?érosion marine d'une dune ancienne fixée par une pelouse
ou un boisement qui ont été à l'origine de la formation d'une couche d'humus ou de sol sableux.
Falaise meuble/indurée : Les falaises meubles sont des falaises d'accumulation de matériel non
consolidé (galets, sables) au contraire des falaises indurée ou rocheuses dites d'ablation.
Falaise vive/morte : Une falaise vive est régulièrement en contact avec la mer, au contraire d'une
falaise morte, dont l'évolution n'est plus liée à l'action de la mer.
Franchissements (par paquets de mer) : Dépassement intermittent de la crête des ouvrages ou
structures naturelles par la houle après déferlement alors que le niveau d'eau ne l'atteint pas.
Méthodes douces : Méthodes de protection du littoral reposant sur le principe de maintien de la
capacité de résilience du système côtier. Les méthodes douces, ou « souples », sont dites « ac-
tives » car la protection évolue avec les facteurs de forçage ; elles intègrent également les notions
de réversibilité des ouvrages et d'intégration paysagère. Elles s'opposent ainsi aux ouvrages de
protection classiques.
Ouvrage de protection côtière : Structure côtière construite et dimensionnée pour répondre à
une vocation initiale de réduction des aléas côtiers.
Palplanche : Pieu en bois ou métallique conçu pour être battu en terre en s'enclenchant aux pieux
voisins par l'intermédiaire de nervures latérales. Les palplanches permettent de constituer un mur
de soutènement, un batardeau, une palée ou un écran imperméable.
Paquets de mer : voir franchissements.
Parc (d'ouvrages) : Ensemble des ouvrages permettant la protection d'une ou plusieurs zones cô-
tières, dont le contrôle ou la gestion est assurée par un service.
Phénomènes hydromorphologiques : (vient de hydraulique et morphologie) Ensemble des phé-
nomènes ayant un impact sur la dynamique de l'hydraulique et la morphologie (ici du littoral) et de
leurs interactions.
Plage de poche : Couverture sableuse peu épaisse (généralement moins de 5 mètres) recouvrant
un socle rocheux aplani et située dans le fond d'une baie rocheuse et ouverte.
Platier rocheux : Etendue rocheuse à l'affleurement sur l'estran.
Protection de pied : Elément constitutif d'un ouvrage positionné à sa base côté mer pour lutter
contre les affouillements (parafouille) ou assurer la stabilité en pied de l'ouvrage (butée de pied).
Récif artificiel : Structure volontairement immergée à des fins de protection physique d'un lieu
(contre les vagues), de production halieutique (par colonisation d'espèces) ou de loisir.
Recul du trait de côte : Déplacement vers l'intérieur des terres de la limite entre le domaine marin
et le domaine continental, en conséquence d'une perte de matériaux sous l'effet de l'érosion ma-
rine.
Schorre : (Herbus ou Prés-salés) Domaine végétalisé de l'espace intertidal supérieur présent dans
les baies, estuaires ou marais maritimes.
Site : (dans le cadre de ce travail) Découpage, plus ou moins arbitraire, du linéaire côtier selon des
critères simples d'homogénéité géomorphologique ou d'exposition aux phénomènes naturels.
Slikke : Espace intertidal moyen ou inférieur, dénudé de végétation dans les baies, estuaires ou
marais maritimes.
Soutènement : Action de résister à des poussées latérales notamment la poussée des terres en
sous sol.
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Structure de protection côtière : Entité naturelle ou construite ayant un impact sur le littoral en
modifiant localement les phénomènes hydrauliques ou sédimentaires.
Submersion marine : Inondation temporaire de la zone côtière par la mer dans des conditions
météorologiques et marégraphiques sévères provoquant des ondes de tempête.
Système de défense : Ensemble des structures côtières et aménagements concourant à la pro-
tection d'une zone donnée.
Tombolo : flèche littorale formant un isthme entre une presqu'île et la terre ou entre une île et la
terre si celui-ci est immergé à marée haute ; par extension flèche littorale formant un isthme entre
un ouvrage type brise-lames et la terre.
Trait de côte : Ligne d'intersection de la surface topographique avec le niveau des plus hautes
mers astronomiques (au sens du Service Hydrographique et Océanographique de la Marine) ; par
extension la limite entre la terre et la mer.
Tronçon : Section longitudinale d'un ouvrage caractérisée par un ou des matériaux identiques et
des caractéristiques géométriques homogènes (de protection de pied ou de couronnement).
Typologie : Étude des traits caractéristiques dans un ensemble de données en vue d'y déterminer
des types, des systèmes et une classification.
Zone basse : Zone dont la topographie est située à une altitude inférieure à un niveau marin de ré-
férence.
Zone humide : (d'après la loi sur l'eau de 1992) Appellation correspondant aux « terrains, exploi-
tés ou non, habituellement inondés ou gorgés d'eau douce, salée ou saumâtre de façon perma-
nente ou temporaire ; la végétation, quand elle existe, y est dominée par des plantes hygrophiles
pendant au moins une partie de l'année ».
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5.2 Liste des études recensées
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5.3 Fiches de terrain
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5.4 Termes de référence du groupe de travail et liste des
participants / relecteurs
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Liste des participants et des relecteurs du comité de pilotage :
NOM Prénom Service
ALLAIN Maëlle DGALN/DEB/LM2
AZZAM Catherine DGPR/SRNH/BRM
BOUTTES François CETMEF/DELCE
BRUNE Anne DREAL PACA
CHASSE Patrick CETMEF/DELCE
Du BOIS Maxime DGPR/SNRH/STEEGBH
DUPOUY Hervé DREAL PC
DUPRAY Sébastien CETMEF/DIR
FAVREL Gaëlle DREAL PDL
GABER Jean DGITM/SAGS/EP1
HERBINOT Fabienne DREAL Bretagne
KAHAN Jean-Marc DGPR/SRNH/STEEGBH
L'HER Joël CETMEF/DELCE
LALANDE Jean-Philippe DGPR/SRNH
MARTINI Frédérique DGPR/SRNH/BRM
MONIE Nicolas DGPR/SNRH/STEEGBH
OBE Thomas DREAL PDL
RAOUT Frédéric DGALN/DEB/LM2
RICHARD Florence DREAL Bretagne
ROCHE Amélie CETMEF/DELCE/DHSM
ROYET Paul Cemagref
TOURMENT Rémy Cemagref
UHL Frédéric DGALN/DEB/LM2
VANROYE Cyril DREAL LR
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Liste des participants et des relecteurs du comité technique :
NOM Prénom Service
ALLAIN Maëlle DGALN/DEB/LM2
BAZIN Patrick Conservatoire du Littoral
BERTRAND Xavier CETE Ouest / CECP Angers
CHASSE Patrick CETMEF/DELCE
COLAS Sébastien Observatoire du Littoral
DENIAUD Yann CETE Nord-Picardie
Du BOIS Maxime DGPR/SNRH/STEEGBH
DUPRAY Sébastien CETMEF/DIR
GARDET Sylvain CETE Sud-Ouest / Lab. Bordeaux
GOUGUET Loïc ONF
LANDREAU Bruno DDTM Charente-Maritime
Le BERRE Iwan Univ. Bretagne Occidentale
LEDOUX Patrick CETE Méditerranée
LENOTRE Nicole BRGM
LEVACHER Daniel Univ. Caen
L'HER Joël CETMEF/DELCE
MALLET Cyril BRGM / Observatoire Côte Aquitaine
MONIE Nicolas DGPR/SNRH/STEEGBH
OLIVEROS Carlos BRGM
PERHERIN Céline CETMEF/DELCE/DHSM
PLACINES Jean DDTM Vendée
PREVOT Guirec CETMEF/DPMVN/DOPM
RAOUT Frédéric DGALN/DEB/LM2
REVEL Jérôme CETE Sud-Ouest / Lab. Bordeaux
ROCHE Amélie CETMEF/DELCE/DHSM
ROUXEL Nicolas CETE Ouest / Lab. St Brieuc
ROYET Paul Cemagref
SANCHEZ Martin Univ. Nantes
SENHOURY Elhady CETMEF/DELCE/DHSM ? stagiaire
TOURMENT Rémy Cemagref
TRMAL Céline CETE Méditerranée
VIAL Thomas DDTM Pas de Calais
VIGNE Pierre CETE Normandie-Centre
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5.5 Index des illustrations
Illustration 1 : Exemple de différentes géométries de murs possibles...............................................10
Illustration 2 : Soutènement plan en bois (palplanches) (Cap Ferret, 33)..........................................10
Illustration 3 : Mur en béton (Plouzané, 29).......................................................................................10
Illustration 4 : Digue frontale (Beauvoir-sur-mer, 85).......................................................................10
Illustration 5 : Digue d'arrière côte en terre (Saintes-Maries-de-la-mer, 13).....................................10
Illustration 6 : Perré en maçonnerie (Hardelot-Plage, 62)..................................................................11
Illustration 7 : Perré en béton armé avec couronnement (Asnelles, 14).............................................11
Illustration 8 : Perré en enrochements (Barneville, 14)......................................................................11
Illustration 9 : Protection anti-affouillement d'un mur à ne pas recenser en tant qu'ouvrage (ouvrage
= mur) (Plouzané, 29).........................................................................................................................12
Illustration 10 : « Faux-ouvrage » à ne pas détailler ; indiquer sous la dénomination « Autres » (Cap
Ferret, 33)...........................................................................................................................................12
Illustration 11 : Brise-lames en enrochements (Palavas-les-flots, 34)...............................................13
Illustration 12 : Principe de fonctionnement d'une batterie d'épis......................................................13
Illustration 13 : Différentes géométries en plan des épis...................................................................14
Illustration 14 : Epi droit isolé en maçonnerie (St-Malo, 35).............................................................14
Illustration 15 : Epi en matériau géosynthétique (Courseulles, 14)...................................................14
Illustration 16 : Batterie d'épis en bois (palplanches) (Saint-Malo, 35).............................................14
Illustration 17 : Pieux hydrauliques en bois (Saint-Malo, 35)............................................................15
Illustration 18 : Cale de mise à l'eau (Plouzané, 29)..........................................................................15
Illustration 19 : Cale de mise à l'eau avec protection anti affouillement en enrochements (Granville,
50).......................................................................................................................................................15
Illustration 20 : Exutoire (Asnelles, 14).............................................................................................16
Illustration 21 :Exutoire (Asnelles, 14)..............................................................................................16
Illustration 22 : Digue d'entrée de chenal (Barneville-Carteret, 50)..................................................16
Illustration 23 : Quai portuaire (Barneville, 50).................................................................................16
Illustration 24 : Schéma de principe du By-pass................................................................................18
Illustration 25 : Principe du drainage de plage...................................................................................18
Illustration 26 : Principe d'un rechargement.......................................................................................19
Illustration 27 : Cordon dunaire conforté (Tombolo des Chevrets, 35).............................................19
Illustration 28 : Pied de falaise protégé par des épis (Picardie).........................................................20
Illustration 29 : Relevé des limites d'un ouvrage (exemple d'une cale adossée à un mur).................27
Illustration 30 : Relevé des changements de direction en long d'un ouvrage.....................................27
Illustration 31 : Relevé de dépendances (exemple d'un escalier à gauche et d'un exutoire à droite)
sur un ouvrage....................................................................................................................................27
Illustration 32 : Tableau de synthèse des actions pour la préparation au recensement......................28
Illustration 33 : Côte sableuse (Hardelot-Plage, 62)..........................................................................30
Illustration 34 : Côte rocheuse (Tregastel, 22)...................................................................................30
Illustration 35 : Zones humides (Estuaire de la Canche, 62)..............................................................30
Illustration 36 : Cordon dunaire (Hardelot-plage, 62)........................................................................31
Illustration 37 : Falaises du Cap blanc-nez, (Escalles, 62).................................................................31
Illustration 38 : Cordon de galets (Saint-Valery-sur-Somme, 80).....................................................31
Illustration 39 : Forme érodée d'un cordon dunaire............................................................................32
Illustration 40 : Forme en triangle......................................................................................................32
Illustration 41 : Forme en trapèze.......................................................................................................32
Illustration 42 : Principales orientations des ouvrages de défense contre la mer...............................35
60/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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Illustration 43 : Localisation des différentes zones d'implantation possibles.....................................35
Illustration 44 : Exemple d'un perré avec protection de pied et couronnement.................................36
Illustration 45 : Exemple d'un mur avec protection de pied anti-affouillement (Plouzané, 29).........36
Illustration 46 : Exemple d'un mur avec couronnement (Plouzané, 29).............................................36
Illustration 47 : Exemple d'un perré avec protection anti-affouillement en palplanches intégrée à
l'ouvrage. (Hardelot ? Plage, 62)........................................................................................................36
Illustration 48 : Exemple d'un aménagement hydraulique (exutoire), pouvant jouer un rôle de
blocage du transit sédimentaire (Asnelles, 14)...................................................................................38
AGj_CouvWeb_PréconisationsRecensementOuvrages _v02
notice_recensement_cetmef_janvier2011_250211Sign
Préface
Introduction
Intérêt d'un cadre méthodologique unifié pour les différents recensements des ouvrages littoraux
Mode d'élaboration et contenu de la notice
1 Typologie des structures côtières
1.1 Ouvrages ayant vocation principale de défense contre la mer
1.1.1 Murs et ouvrages de soutènement
1.1.2 Digues côtières
1.1.3 Perrés (non associés à des digues)
1.1.4 Brise-lames
1.1.5 Epis
1.1.6 Autres
1.2 Ouvrages ayant vocation principale d'aménagement et ayant un impact hydro-sédimentaire
1.2.1 Aménagements d'accès
1.2.2 Aménagements hydrauliques
1.2.3 Aménagements portuaires
1.2.4 Bâtiments
1.2.5 Aménagements liés à la sécurité ou la surveillance
1.2.6 Autres
1.3 Méthodes de protection du littoral
1.3.1 Le by-pass
1.3.2 Le drainage de plage
1.3.3 Le rechargement de plage
1.3.4 Le confortement dunaire
1.3.5 Le confortement de falaise
1.3.6 Autres
2 Préparation du recensement
2.1 Organisation de la sortie de terrain
2.1.1 Accéder au littoral et à l'ouvrage
2.1.1.1 Notion de site
2.1.1.2 L?accès
2.1.2 Pré-localisation des ouvrages
2.1.2.1 L'utilisation de clichés photographiques
2.1.2.2 Documentation complémentaire
2.1.3 Etablissement du planning des visites
2.2 Préparation des visites de recensement et relevés de terrain
2.2.1 Pré-renseignement des fiches de site et de défense contre la mer
2.2.2 L?influence des conditions extérieures
2.2.3 Le matériel
2.3 Préparer l?intégration à la BDD et au SIG
2.3.1 Préparer à l?intégration à la base de données
2.3.2 Règles de pointage des ouvrages
2.3.2.1 Intégration des données acquises pour la réalisation d?une couche SIG
2.3.2.2 Règles de relevés des coordonnées GPS
2.4 Synthèse des actions préalables aux sorties sur le terrain
3 Recenser et connaître les ouvrages
3.1 Les fiches de terrain
3.2 La «Fiche de site»
3.2.1 Informations générales sur la visite et le site
3.2.1.1 Informations générales sur la visite
3.2.1.2 Informations générales sur le site
3.2.2 Informations sur les ouvrages du site
3.2.3 Informations complémentaires sur le site
3.3 La «Fiche de défense contre la mer»
3.3.1 Informations générales sur la défense
3.3.2 Ouvrage ayant vocation principale de défense contre la mer
3.3.2.1 Fonction principale de l'ouvrage
3.3.2.2 Dimensions de l'ouvrage
3.3.2.3 Matériaux du corps et état de l'ouvrage
3.3.2.4 Orientation et implantation de l'ouvrage
3.3.2.5 Autres propriétés: protection de pied et couronnement
3.3.2.6 Relevés GPS, schémas et photographies de l'ouvrage
3.3.2.7 Autres informations relevant de l'encart «Observations»
3.3.3 Aménagement ayant un impact hydro-sédimentaire
3.3.3.1 Vocation principale et impact sur le littoral
3.3.3.2 Dénomination des aménagements
3.3.3.3 Informations complémentaires facultatives
3.3.4 Méthodes de protection contre l'érosion
3.4 Améliorer la connaissance: recherches complémentaires
3.4.1 Informations complémentaires sur le site
3.4.2 Informations réglementaires sur l'ouvrage
3.4.3 Documentation technique de l'ouvrage
4 BIBLIOGRAPHIE
5 Annexes
5.1 Glossaire
5.2 Liste des études recensées
5.3 Fiches de terrain
5.4 Termes de référence du groupe de travail et liste des participants / relecteurs
5.5 Index des illustrations
INVALIDE) (ATTENTION: OPTION re clairement défini (surlignage par exemple). On
pourra utiliser cet encart pour indiquer les points GPS relevés (voir les préconisations en 2.3.2).
Pour les relevés photographiques, il est recommandé de faire trois clichés de l'ouvrage : un en long
(ouvrage dans son intégralité), un en travers (information sur la géométrie en coupe du corps de
l'ouvrage) et un sur l'ouvrage en plan (de manière à avoir une vue de l'ouvrage en contre-plongée).
Cependant lors de visites de terrain, au vu de la configuration des lieux parfois difficile, ces recom-
mandations peuvent ne pas être simples à suivre. Il est alors conseillé à l'opérateur de trouver les
angles de vue représentant le mieux l'ouvrage et les caractéristiques citées ci-dessus dans une li-
mite de 3 photographies représentatives de l'ouvrage.
3.3.2.7 Autres informations relevant de l'encart « Observations »
Notion d'ouvrages associés :
Cette notion n'a pas été retenue comme un critère descriptif de l'ouvrage, cependant elle permet
d'avoir des informations sur l'organisation spatiale des ouvrages entre eux : sont-ils isolés ou grou-
pés ? Par exemple des épis construits en « batterie » sont dits « associés », car l'impact sur le litto-
ral est lié à leur dépendance entre eux. Dans un autre cas, des ouvrages et des aménagements
peuvent être liés, par exemple un perré « possédant » une cale de mise à l'eau et des escaliers :
les objets « perré », « escaliers » et « cale de mise à l'eau » seront dit associés. Les aménage-
ments seront indiqués sur la fiche de l'ouvrage principal et ne feront l'objet d'une fiche que s'ils ont
un propre impact hydro-sédimentaire.
Pour le cas particulier des ouvrages fonctionnant en batterie, comme par exemple les épis, ou les
brise-lames, il est recommandé de ne faire qu'une fiche concernant toute la batterie en relevant la
position de chacun des objets de la batterie. Un schéma global incluant tous les objets de la batte-
rie sera aussi effectué, par exemple dans la fiche de site. Ceci n'est valable que si les objets
constituant le groupement ont les mêmes propriétés de forme et matériaux. L'« état » correspondra
à l'ensemble de la batterie mais des précisions pourront être apportées pour certains ouvrages.
Observations et impacts sur le milieu :
L'implantation d'un ouvrage sur le littoral engendre une modification de la dynamique de transport
sédimentaire par rapport à l'état naturel, qui peut être responsable de phénomènes d'érosion (dimi-
nution du stock sédimentaire) ou d'accumulation (augmentation du stock sédimentaire). Ces phé-
nomènes sont souvent liés et peuvent être volontaires et maîtrisés dans le cas d'un ouvrage cor-
rectement dimensionné, ou involontaires dans le cas d'ouvrages mal dimensionnés ou dont l'im-
pact a été mal évalué (cas d'une cale de mise à l'eau stoppant le transit sédimentaire par
exemple).
L'observateur peut décrire, à titre indicatif, l'impact de l'ouvrage sur son environnement dans la par-
tie « Observations ». Cette information reste optionnelle car l'analyse du changement de dyna-
mique sédimentaire engendré par un ouvrage ne peut se faire que sur une grande période avec
des mesures régulières de suivi pour être fiable.
38/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
3.3.3 Aménagement ayant un impact hydro-sédimentaire
3.3.3.1 Vocation principale et impact sur le littoral
On rappelle que le terme « aménagement » correspond ici à une infrastructure, une construction
ou un bâtiment ayant une vocation première ou principale autre que la défense contre la mer et les
aléas marins (submersion ou recul du trait de côte) mais présentant un impact hydrosédimen-
taire. Pour éviter toute confusion avec les ouvrages dont la « fonction principale » est la protection
du littoral contre les aléas côtiers, ici la fonction des ouvrages d'aménagement réfère à l'utilisation
qui est faite de l'aménagement (accès, régulation hydraulique...) et est appelée « vocation princi-
pale ». La liste des « vocations » d'aménagement n'est pas exhaustive : elle ne comprend que 5
grandes catégories, à savoir les aménagements de type « accès », de « régulation hydraulique »,
« portuaires », les « bâtiments » et les aménagements liés à la « sécurité et la surveillance » (de la
navigation, des plages, etc.). Le champ « Autres » permet de compléter cette liste par des aména-
gements n'étant pas proposés.
L'impact sur le littoral de ces aménagements peut être le même que des ouvrages de défense. Les
impacts correspondent donc plus ou moins aux fonctions principales des ouvrages de défense :
modification des houles à la côte, modification de l'écoulement, limitation des franchissements, in-
terruption du transit sédimentaire et fixation du trait de côte. Il est envisageable que cette liste d'im-
pacts ne soit pas exhaustive : il est proposé une catégorie « Autres » à compléter en cas de be-
soin.
3.3.3.2 Dénomination des aménagements
Une liste de dénominations, non nécessairement exhaustive, est proposée pour les aménage-
ments les plus courants sur le trait de côte. On retrouve des aménagements de type « accès », les
remblais routiers ou ferroviaires, chemins, voies submersibles, ponts, escaliers, cales ; des aména-
gements liés à la régulation hydraulique type vannes, écluses, barrages et exutoires ; des aména-
gements portuaires type digues, brise-lames, quais, barrages ou écluses ; des bâtiments type
murs, clôtures, blockhaus, bâtiments de loisirs ou récréatifs, et les constructions nécessaires à la
sécurité de la navigation, qu'elles soient maritimes ou terrestres, et liées à la surveillance des
plages et de la baignade. Cette liste n'étant pas exhaustive, il est possible de la compléter à l'aide
de la rubrique « Autres » et de la préciser.
Illustration 48 : Exemple d'un aménagement
hydraulique (exutoire), pouvant jouer un rôle de
blocage du transit sédimentaire (Asnelles, 14)
(CETMEF, Guillaume Villemagne)
39/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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N.B. : Dans le cas des ouvrages portuaires, on ne s'attachera à recenser que les ouvrages « exté-
rieurs » pouvant avoir un impact hydro-sédimentaire sur l'environnement littoral. Il ne sera pas né-
cessaire a priori de recenser les ouvrages intérieurs des grands ports maritimes par exemple.
3.3.3.3 Informations complémentaires facultatives
Il est également proposé de remplir de manière facultative des informations liées aux matériaux
constitutifs, à l'état, l'orientation, l'implantation et les caractéristiques de l'aménagement renseigné
(existence d'une protection de pied, d'un couronnement et/ou d'un soutènement lié à l'aména-
gement). Les numéros à inscrire dans les cases correspondantes sont liés à ceux indiqués dans la
partie « Ouvrages de défense ». Ces informations sont facultatives car elles ne seront pas toujours
considérées comme pertinentes, cependant il est conseillé de les renseigner autant que possible.
N.B. : Les points GPS relevés, numéros des photographies prises et schémas éventuels pourront
être renseignés dans l'encart situé dans la partie « Ouvrage de défense » ou alors dans la fiche de
site correspondante.
3.3.4 Méthodes de protection contre l'érosion
La majorité des méthodes de protection contre l'érosion proposées pour le recensement ne seront
pas « visibles » lors de l'arpentage du littoral ; certaines données seront obtenues lors de la re-
cherche en archives réalisée soit au préalable soit après la visite de terrain. Cependant il semble
nécessaire d'indiquer certains éléments descriptifs des méthodes retenues. Il s'agit du by-pass, du
drainage de plage, du rechargement de plage et du confortement dunaire ou de falaise. Cette liste
n'étant pas exhaustive, le recenseur sera libre de compléter l'encart « Autres » laissé à disposi-
tion :
? Le drainage de plage sera caractérisé par le nombre de rangées de drains en parallèle utili-
sées sous l'estran et leur longueur (le plus souvent une seule rangée est posée mais parfois
deux rangées ont pu être testées sur de larges estrans).
? Le by-pass, caractérisé par la méthode utilisée pour le déplacement des sédiments, réalisé
« mécaniquement » ou à l'aide d'une pompe hydraulique. Le volume déplacé et la périodici-
té des mouvements seront précisés.
? Pour le rechargement de plage, il sera précisé le lieu du rechargement (en mer dans les pe-
tits fonds ou sur l'estran), le volume rechargé, la surface concernée, la périodicité (si forma-
lisé) et la date du dernier rechargement. Si une butée de pied a été implantée pour pérenni-
ser le rechargement, sa présence sera indiquée et le matériau constitutif précisé.
? Le type de confortement dunaire sera précisé (végétalisation/plantation, pose de ganivelles,
aménagement de la circulation piétonne, ou « Autres »). La longueur ou la surface de cor-
don concernée sera précisée si connue ou évaluée grossièrement. La date des derniers
aménagements réalisés sera éventuellement précisée si connue.
? Le type de confortement de falaise sera précisé entre le drainage, la pose de grillage, la pro-
jection de béton ou équivalent, la protection de pied ou « Autres ». Dans le cas d'une pro-
tection de pied, le matériau utilisé sera indiqué.
N.B. : il ne sera généralement pas demandé de relevé de points GPS pour les méthodes douces.
Cependant il est conseillé d'indiquer la zone concernée de manière aussi précise que possible sur
la carte/photographie aérienne du site. D'autre part, un encart « Observations » est réservé pour
tout complément éventuel d'informations relatives à la méthode de protection recensée si les
champs proposés ne sont pas suffisants.
40/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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3.4 Améliorer la connaissance : recherches complémentaires
Comme nous l'avons vu, certaines informations ne pourront pas être recueillies sur le terrain, no-
tamment pour les méthodes douces, et une recherche en archives de documentation technique
sera nécessaire. Certaines informations indiquées ci-après peuvent être précisées dans l'encart
prévu en 2ème page de la fiche de site : « Compléments d'information sur le site et ses ouvrages ».
3.4.1 Informations complémentaires sur le site
Si diverses photographies aériennes, verticales ou obliques, ou diverses cartes permettant de re-
tracer un historique d'aménagement du site sont retrouvées, elles pourront être numérisées et ren-
seignées avec la fiche de site. Un dossier numérique devra être constitué avec l'ensemble de ces
données et pourra renseigner ultérieurement la base de données sur les ouvrages. Un certain
nombre d'informations sur les méthodes douces est demandé dans le cadre de ce recensement.
Cependant elles ne sont pas exhaustives. Si d'autres informations sont trouvées lors d'une re-
cherche en archives, elles doivent être indiquées soit dans l'encart « Observations » de la mé-
thode, soit dans la fiche de site. Par exemple, le rechargement de plage est parfois caractérisé par
un volume de rechargement, une période de rechargement dans l'année et l'origine des sédiments
utilisés lors du rechargement peut être connue. Ces informations peuvent être utiles. Il est aussi
possible de mentionner la présence d'un plan de prévention des risques (PPR) sur le site, et d'en
spécifier son type (littoral, mouvement de terrain, multi-risques...).
3.4.2 Informations réglementaires sur l'ouvrage
Les informations concernant la propriété et la gestion de l'ouvrage recensé sont très utiles et, si
elles sont rencontrées dans certains documents, elles doivent être mentionnées. On rappelle que
le propriétaire et le gestionnaire peuvent être la même entité ou deux entités distinctes. Le proprié-
taire peut prendre diverses formes : État, collectivités, associations syndicales (autorisées,
forcées), personnes privées. Le gestionnaire est chargé par le propriétaire, sous couvert d?un
contrat, de l?entretien et du bon fonctionnement des ouvrages. Le propriétaire du terrain peut être
différent du propriétaire de l'ouvrage (exemple : ouvrages construits sur le DPM).
D'autres observations concernant la réglementation peuvent être indiquées (existence de procé-
dures juridiques en cours, litiges de construction ou d'entretien...). Certains documents peuvent
avantageusement être référencés dans un « dossier d'ouvrage », notamment le Titre d?occupation
du DPM (référence de l?autorisation) ou la classe de l'ouvrage (référence de l'avis préfectoral de
classement de l'ouvrage au titre du décret du 11 décembre 2007).
3.4.3 Documentation technique de l'ouvrage
La documentation technique consiste à renseigner un dossier d'ouvrage et de noter les sources
consultées sur l'ouvrage ainsi que leurs lieux de stockage, de manière à aider l'opérateur en cas
de recherches postérieures. Si l'ouvrage fait l'objet d'un suivi, par exemple topographique, il est
possible de le préciser et d'indiquer le maître d'ouvrage et/ou le prestataire. Les plans de construc-
tions, photographies, notes de calculs et tout document concernant la construction de l'ouvrage
peuvent également être intéressants.
41/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
4 BIBLIOGRAPHIE
CETE Méditerranée, Surveillance, auscultation et entretien des ouvrages maritimes. Fascicule 4 :
Digues à talus et digues mixtes, CETMEF, 2002.
DDE de la Manche, Recensement des ouvrages de défense du littoral de la Manche, Conseil Gé-
néral de la Manche, 1996.
DRE du Languedoc-Roussillon, SATP, Protection des territoires littoraux en Languedoc-Rous-
sillon : Quel territoire protéger, à quel coût, suivant quel(s) critères ?, CETE Méditerranée, 2008.
STCPMVN, Le littoral français : dommages côtiers et ouvrages de défense (4 volumes), Ministère
de l?Equipement, 1973.
LNH, SOGREAH, Catalogue sédimentologique des côtes françaises, Côtes de la Méditerranée,
STCPMVN, 1984.
LNH, LCHF, Catalogue sédimentologique des côtes françaises, Côtes de la Mer du Nord et de la
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Laboratoire de Géologie Marine de l?Université de Caen, BAVENCOFFE (Matthieu), Etude globale
concernant la défense contre la mer (recensement ouvrages : vol 5), côte Ouest du Cotentin,
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Laboratoire GEOMER, HENAFF (Alain), LE BERRE (Iwan), Inventaire des ouvrages côtiers du Fi-
nistère, DDE du Finistère, 2008.
Laboratoire de Géomorphologie de Dinard, GRESARC, BONNOT-COURTOIS (Chantal), LEVOY
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STCPMVN, 1987.
LCHF, Ouvrages de protection d'un littoral sableux, enquête sur les ouvrages existants,
STCPMVN, 1986.
LRPC de Lille, Explications, adaptations et applications de la méthode de Visites Simplifiées Com-
parées aux ouvrages de maintien du trait de côte et de protection des terres contre les submer-
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SETRA, Les ouvrages de soutènement. Guide de conception générale, SETRA, 1998.
SOGREAH, BRGM, Catalogue sédimentologique des côtes françaises, Tome 10, La Corse,
STCPMVN, 1987.
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PTOLEMEE, LATTEUX (B.), Etude comportementale, évaluation des risques et des enjeux, recen-
sement et diagnostic du dispositif de protection existant sur le littoral du Morbihan, DDE du Morbi-
han, 2002.
Université de Bretagne Occidentale, PRIGENT (Marianne), La défense contre l?érosion des litto-
raux meubles par l?utilisation de méthodes souples. Qu?en est-il en France aujourd?hui ?, CETMEF,
2008.
Université de Caen, LEMIERE (Samuel), Mise en oeuvre d'une méthode d'inspection visuelle des
ouvrages longitudinaux de défense contre la mer, DDE de la Manche, 2008.
42/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
DELCE / DHSMCETMEF
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mer de la Côte d'Opale, Nord-Pas de Calais, Syndicat mixte Côte d'Opale, 2004.
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littoral du Languedoc-Roussillon : analyse et structuration de la base de données, Service Maritime
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protection des littoraux sableux, toutes façades, Tome 3 : Documents photographiques,
STCPMVN, LCHF, 1992.
43/60Recensement des ouvrages de protection contre les aléas côtiers ? Janvier 2011
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5 Annexes
5.1 Glossaire
Affouillement : Erosion en pied d'ouvrage sur le rivage due aux courants et aux vagues.
Aménagement : Construction correspondant ici à une infrastructure, une construction ou un bâti-
ment ayant une vocation première ou principale différente de la défense contre les aléas côtiers
(submersion ou recul du trait de côte) mais ayant un impact hydrosédimentaire sur le littoral.
Arpentage (du littoral) : Terme qui désigne ici l'action de marcher de manière systématique le
long du littoral pour recenser les structures côtières (vient de « arpenter » : 1/ Mesurer la superficie
d'un terrain -par arpent- et 2/ Parcourir à grands pas un lieu, d'après le Larousse).
Arrière-côte : Partie située en retrait du rivage, côté terre.
Artificialisation : Intervention humaine sur un milieu naturel qui a pour conséquence de lui faire
perdre son caractère « naturel ». Pour le Service de l'Observation et des Statistiques de l'Environ-
nement du MEEDDM, « l?artificialisation du territoire résulte de l?urbanisation et de l?expansion des
infrastructures. Elle engendre une perte de ressources naturelles et agricoles et une imperméabili-
sation des sols, généralement irréversible ».
Avant-dune : Dune littorale de première ligne formant un bourrelet plus ou moins fixé par la végé-
tation, parallèle au trait de côte et solidaire de la plage, c'est-à-dire échangeant du sable avec elle.
Elle se forme à partir de fixation du sable éolien venu du côté mer en haut de plage.
Barbacane : Orifice étroit et vertical aménagé dans les murs de soutènement de terrasses et d'ou-
vrages d'art, pour faciliter l'évacuation des eaux pluviales infiltrées dans les remblais.
Bouchon vaseux : Phénomène naturel d'accumulation de sédiments fins en suspension de forte
concentration, caractéristique des estuaires, se déplaçant en fonction de la marée et de l'hydrolo-
gie du cours d'eau. Souvent riche en matière organique, il peut avoir des conséquences impor-
tantes d'ordres sanitaire, biologique, sédimentaire et/ou économique.
Carapace : Elément posé sur le coeur d'un ouvrage permettant de le protéger contre l'énergie de la
houle et l'érosion des sous-couches du noyau.
Cellule sédimentaire : Portion du littoral ayant un fonctionnement sédimentaire relativement auto-
nome par rapport aux portions voisines.
Côte à falaise : Tronçon de littoral essentiellement dominé par des escarpements rocheux créés
par érosion d'au moins quelques mètres. On distingue les falaises mortes ou vives et les falaises
meubles ou indurées.
Côte basse meuble : Zone d'accumulation de sédiments non consolidés (galets, sables, vases)
d'une hauteur généralement inférieure à 2 mètres. On y retrouve typiquement des littoraux sui-
vants : plages, lagunes, marais maritimes, estuaires ou deltas.
Cote d'arase : Altitude du niveau supérieur d'un ouvrage généralement plat.
Couronnement : Elément constitutif d'un ouvrage positionné au-dessus de sa crête permettant de
la consolider et pouvant par exemple être équipé d'un mur de garde limitant les franchissements.
Estran (Bas/moyen/haut estran) : Espace compris entre les plus hautes et plus basses mers
connues. Le bas-estran se situe au niveau des basses-mers moyennes (entre les basses mers de
vive-eau et de morte-eau) ; le haut estran est la zone de transition entre les domaines marin et ter-
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restre, au-delà des pleines-mers moyennes ; le moyen estran constitue la majeure partie de l'es-
tran.
Falaise dunaire : Profil résultant de l?érosion marine d'une dune ancienne fixée par une pelouse
ou un boisement qui ont été à l'origine de la formation d'une couche d'humus ou de sol sableux.
Falaise meuble/indurée : Les falaises meubles sont des falaises d'accumulation de matériel non
consolidé (galets, sables) au contraire des falaises indurée ou rocheuses dites d'ablation.
Falaise vive/morte : Une falaise vive est régulièrement en contact avec la mer, au contraire d'une
falaise morte, dont l'évolution n'est plus liée à l'action de la mer.
Franchissements (par paquets de mer) : Dépassement intermittent de la crête des ouvrages ou
structures naturelles par la houle après déferlement alors que le niveau d'eau ne l'atteint pas.
Méthodes douces : Méthodes de protection du littoral reposant sur le principe de maintien de la
capacité de résilience du système côtier. Les méthodes douces, ou « souples », sont dites « ac-
tives » car la protection évolue avec les facteurs de forçage ; elles intègrent également les notions
de réversibilité des ouvrages et d'intégration paysagère. Elles s'opposent ainsi aux ouvrages de
protection classiques.
Ouvrage de protection côtière : Structure côtière construite et dimensionnée pour répondre à
une vocation initiale de réduction des aléas côtiers.
Palplanche : Pieu en bois ou métallique conçu pour être battu en terre en s'enclenchant aux pieux
voisins par l'intermédiaire de nervures latérales. Les palplanches permettent de constituer un mur
de soutènement, un batardeau, une palée ou un écran imperméable.
Paquets de mer : voir franchissements.
Parc (d'ouvrages) : Ensemble des ouvrages permettant la protection d'une ou plusieurs zones cô-
tières, dont le contrôle ou la gestion est assurée par un service.
Phénomènes hydromorphologiques : (vient de hydraulique et morphologie) Ensemble des phé-
nomènes ayant un impact sur la dynamique de l'hydraulique et la morphologie (ici du littoral) et de
leurs interactions.
Plage de poche : Couverture sableuse peu épaisse (généralement moins de 5 mètres) recouvrant
un socle rocheux aplani et située dans le fond d'une baie rocheuse et ouverte.
Platier rocheux : Etendue rocheuse à l'affleurement sur l'estran.
Protection de pied : Elément constitutif d'un ouvrage positionné à sa base côté mer pour lutter
contre les affouillements (parafouille) ou assurer la stabilité en pied de l'ouvrage (butée de pied).
Récif artificiel : Structure volontairement immergée à des fins de protection physique d'un lieu
(contre les vagues), de production halieutique (par colonisation d'espèces) ou de loisir.
Recul du trait de côte : Déplacement vers l'intérieur des terres de la limite entre le domaine marin
et le domaine continental, en conséquence d'une perte de matériaux sous l'effet de l'érosion ma-
rine.
Schorre : (Herbus ou Prés-salés) Domaine végétalisé de l'espace intertidal supérieur présent dans
les baies, estuaires ou marais maritimes.
Site : (dans le cadre de ce travail) Découpage, plus ou moins arbitraire, du linéaire côtier selon des
critères simples d'homogénéité géomorphologique ou d'exposition aux phénomènes naturels.
Slikke : Espace intertidal moyen ou inférieur, dénudé de végétation dans les baies, estuaires ou
marais maritimes.
Soutènement : Action de résister à des poussées latérales notamment la poussée des terres en
sous sol.
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Structure de protection côtière : Entité naturelle ou construite ayant un impact sur le littoral en
modifiant localement les phénomènes hydrauliques ou sédimentaires.
Submersion marine : Inondation temporaire de la zone côtière par la mer dans des conditions
météorologiques et marégraphiques sévères provoquant des ondes de tempête.
Système de défense : Ensemble des structures côtières et aménagements concourant à la pro-
tection d'une zone donnée.
Tombolo : flèche littorale formant un isthme entre une presqu'île et la terre ou entre une île et la
terre si celui-ci est immergé à marée haute ; par extension flèche littorale formant un isthme entre
un ouvrage type brise-lames et la terre.
Trait de côte : Ligne d'intersection de la surface topographique avec le niveau des plus hautes
mers astronomiques (au sens du Service Hydrographique et Océanographique de la Marine) ; par
extension la limite entre la terre et la mer.
Tronçon : Section longitudinale d'un ouvrage caractérisée par un ou des matériaux identiques et
des caractéristiques géométriques homogènes (de protection de pied ou de couronnement).
Typologie : Étude des traits caractéristiques dans un ensemble de données en vue d'y déterminer
des types, des systèmes et une classification.
Zone basse : Zone dont la topographie est située à une altitude inférieure à un niveau marin de ré-
férence.
Zone humide : (d'après la loi sur l'eau de 1992) Appellation correspondant aux « terrains, exploi-
tés ou non, habituellement inondés ou gorgés d'eau douce, salée ou saumâtre de façon perma-
nente ou temporaire ; la végétation, quand elle existe, y est dominée par des plantes hygrophiles
pendant au moins une partie de l'année ».
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5.2 Liste des études recensées
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5.3 Fiches de terrain
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5.4 Termes de référence du groupe de travail et liste des
participants / relecteurs
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Liste des participants et des relecteurs du comité de pilotage :
NOM Prénom Service
ALLAIN Maëlle DGALN/DEB/LM2
AZZAM Catherine DGPR/SRNH/BRM
BOUTTES François CETMEF/DELCE
BRUNE Anne DREAL PACA
CHASSE Patrick CETMEF/DELCE
Du BOIS Maxime DGPR/SNRH/STEEGBH
DUPOUY Hervé DREAL PC
DUPRAY Sébastien CETMEF/DIR
FAVREL Gaëlle DREAL PDL
GABER Jean DGITM/SAGS/EP1
HERBINOT Fabienne DREAL Bretagne
KAHAN Jean-Marc DGPR/SRNH/STEEGBH
L'HER Joël CETMEF/DELCE
LALANDE Jean-Philippe DGPR/SRNH
MARTINI Frédérique DGPR/SRNH/BRM
MONIE Nicolas DGPR/SNRH/STEEGBH
OBE Thomas DREAL PDL
RAOUT Frédéric DGALN/DEB/LM2
RICHARD Florence DREAL Bretagne
ROCHE Amélie CETMEF/DELCE/DHSM
ROYET Paul Cemagref
TOURMENT Rémy Cemagref
UHL Frédéric DGALN/DEB/LM2
VANROYE Cyril DREAL LR
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Liste des participants et des relecteurs du comité technique :
NOM Prénom Service
ALLAIN Maëlle DGALN/DEB/LM2
BAZIN Patrick Conservatoire du Littoral
BERTRAND Xavier CETE Ouest / CECP Angers
CHASSE Patrick CETMEF/DELCE
COLAS Sébastien Observatoire du Littoral
DENIAUD Yann CETE Nord-Picardie
Du BOIS Maxime DGPR/SNRH/STEEGBH
DUPRAY Sébastien CETMEF/DIR
GARDET Sylvain CETE Sud-Ouest / Lab. Bordeaux
GOUGUET Loïc ONF
LANDREAU Bruno DDTM Charente-Maritime
Le BERRE Iwan Univ. Bretagne Occidentale
LEDOUX Patrick CETE Méditerranée
LENOTRE Nicole BRGM
LEVACHER Daniel Univ. Caen
L'HER Joël CETMEF/DELCE
MALLET Cyril BRGM / Observatoire Côte Aquitaine
MONIE Nicolas DGPR/SNRH/STEEGBH
OLIVEROS Carlos BRGM
PERHERIN Céline CETMEF/DELCE/DHSM
PLACINES Jean DDTM Vendée
PREVOT Guirec CETMEF/DPMVN/DOPM
RAOUT Frédéric DGALN/DEB/LM2
REVEL Jérôme CETE Sud-Ouest / Lab. Bordeaux
ROCHE Amélie CETMEF/DELCE/DHSM
ROUXEL Nicolas CETE Ouest / Lab. St Brieuc
ROYET Paul Cemagref
SANCHEZ Martin Univ. Nantes
SENHOURY Elhady CETMEF/DELCE/DHSM ? stagiaire
TOURMENT Rémy Cemagref
TRMAL Céline CETE Méditerranée
VIAL Thomas DDTM Pas de Calais
VIGNE Pierre CETE Normandie-Centre
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5.5 Index des illustrations
Illustration 1 : Exemple de différentes géométries de murs possibles...............................................10
Illustration 2 : Soutènement plan en bois (palplanches) (Cap Ferret, 33)..........................................10
Illustration 3 : Mur en béton (Plouzané, 29).......................................................................................10
Illustration 4 : Digue frontale (Beauvoir-sur-mer, 85).......................................................................10
Illustration 5 : Digue d'arrière côte en terre (Saintes-Maries-de-la-mer, 13).....................................10
Illustration 6 : Perré en maçonnerie (Hardelot-Plage, 62)..................................................................11
Illustration 7 : Perré en béton armé avec couronnement (Asnelles, 14).............................................11
Illustration 8 : Perré en enrochements (Barneville, 14)......................................................................11
Illustration 9 : Protection anti-affouillement d'un mur à ne pas recenser en tant qu'ouvrage (ouvrage
= mur) (Plouzané, 29).........................................................................................................................12
Illustration 10 : « Faux-ouvrage » à ne pas détailler ; indiquer sous la dénomination « Autres » (Cap
Ferret, 33)...........................................................................................................................................12
Illustration 11 : Brise-lames en enrochements (Palavas-les-flots, 34)...............................................13
Illustration 12 : Principe de fonctionnement d'une batterie d'épis......................................................13
Illustration 13 : Différentes géométries en plan des épis...................................................................14
Illustration 14 : Epi droit isolé en maçonnerie (St-Malo, 35).............................................................14
Illustration 15 : Epi en matériau géosynthétique (Courseulles, 14)...................................................14
Illustration 16 : Batterie d'épis en bois (palplanches) (Saint-Malo, 35).............................................14
Illustration 17 : Pieux hydrauliques en bois (Saint-Malo, 35)............................................................15
Illustration 18 : Cale de mise à l'eau (Plouzané, 29)..........................................................................15
Illustration 19 : Cale de mise à l'eau avec protection anti affouillement en enrochements (Granville,
50).......................................................................................................................................................15
Illustration 20 : Exutoire (Asnelles, 14).............................................................................................16
Illustration 21 :Exutoire (Asnelles, 14)..............................................................................................16
Illustration 22 : Digue d'entrée de chenal (Barneville-Carteret, 50)..................................................16
Illustration 23 : Quai portuaire (Barneville, 50).................................................................................16
Illustration 24 : Schéma de principe du By-pass................................................................................18
Illustration 25 : Principe du drainage de plage...................................................................................18
Illustration 26 : Principe d'un rechargement.......................................................................................19
Illustration 27 : Cordon dunaire conforté (Tombolo des Chevrets, 35).............................................19
Illustration 28 : Pied de falaise protégé par des épis (Picardie).........................................................20
Illustration 29 : Relevé des limites d'un ouvrage (exemple d'une cale adossée à un mur).................27
Illustration 30 : Relevé des changements de direction en long d'un ouvrage.....................................27
Illustration 31 : Relevé de dépendances (exemple d'un escalier à gauche et d'un exutoire à droite)
sur un ouvrage....................................................................................................................................27
Illustration 32 : Tableau de synthèse des actions pour la préparation au recensement......................28
Illustration 33 : Côte sableuse (Hardelot-Plage, 62)..........................................................................30
Illustration 34 : Côte rocheuse (Tregastel, 22)...................................................................................30
Illustration 35 : Zones humides (Estuaire de la Canche, 62)..............................................................30
Illustration 36 : Cordon dunaire (Hardelot-plage, 62)........................................................................31
Illustration 37 : Falaises du Cap blanc-nez, (Escalles, 62).................................................................31
Illustration 38 : Cordon de galets (Saint-Valery-sur-Somme, 80).....................................................31
Illustration 39 : Forme érodée d'un cordon dunaire............................................................................32
Illustration 40 : Forme en triangle......................................................................................................32
Illustration 41 : Forme en trapèze.......................................................................................................32
Illustration 42 : Principales orientations des ouvrages de défense contre la mer...............................35
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Illustration 43 : Localisation des différentes zones d'implantation possibles.....................................35
Illustration 44 : Exemple d'un perré avec protection de pied et couronnement.................................36
Illustration 45 : Exemple d'un mur avec protection de pied anti-affouillement (Plouzané, 29).........36
Illustration 46 : Exemple d'un mur avec couronnement (Plouzané, 29).............................................36
Illustration 47 : Exemple d'un perré avec protection anti-affouillement en palplanches intégrée à
l'ouvrage. (Hardelot ? Plage, 62)........................................................................................................36
Illustration 48 : Exemple d'un aménagement hydraulique (exutoire), pouvant jouer un rôle de
blocage du transit sédimentaire (Asnelles, 14)...................................................................................38
AGj_CouvWeb_PréconisationsRecensementOuvrages _v02
notice_recensement_cetmef_janvier2011_250211Sign
Préface
Introduction
Intérêt d'un cadre méthodologique unifié pour les différents recensements des ouvrages littoraux
Mode d'élaboration et contenu de la notice
1 Typologie des structures côtières
1.1 Ouvrages ayant vocation principale de défense contre la mer
1.1.1 Murs et ouvrages de soutènement
1.1.2 Digues côtières
1.1.3 Perrés (non associés à des digues)
1.1.4 Brise-lames
1.1.5 Epis
1.1.6 Autres
1.2 Ouvrages ayant vocation principale d'aménagement et ayant un impact hydro-sédimentaire
1.2.1 Aménagements d'accès
1.2.2 Aménagements hydrauliques
1.2.3 Aménagements portuaires
1.2.4 Bâtiments
1.2.5 Aménagements liés à la sécurité ou la surveillance
1.2.6 Autres
1.3 Méthodes de protection du littoral
1.3.1 Le by-pass
1.3.2 Le drainage de plage
1.3.3 Le rechargement de plage
1.3.4 Le confortement dunaire
1.3.5 Le confortement de falaise
1.3.6 Autres
2 Préparation du recensement
2.1 Organisation de la sortie de terrain
2.1.1 Accéder au littoral et à l'ouvrage
2.1.1.1 Notion de site
2.1.1.2 L?accès
2.1.2 Pré-localisation des ouvrages
2.1.2.1 L'utilisation de clichés photographiques
2.1.2.2 Documentation complémentaire
2.1.3 Etablissement du planning des visites
2.2 Préparation des visites de recensement et relevés de terrain
2.2.1 Pré-renseignement des fiches de site et de défense contre la mer
2.2.2 L?influence des conditions extérieures
2.2.3 Le matériel
2.3 Préparer l?intégration à la BDD et au SIG
2.3.1 Préparer à l?intégration à la base de données
2.3.2 Règles de pointage des ouvrages
2.3.2.1 Intégration des données acquises pour la réalisation d?une couche SIG
2.3.2.2 Règles de relevés des coordonnées GPS
2.4 Synthèse des actions préalables aux sorties sur le terrain
3 Recenser et connaître les ouvrages
3.1 Les fiches de terrain
3.2 La «Fiche de site»
3.2.1 Informations générales sur la visite et le site
3.2.1.1 Informations générales sur la visite
3.2.1.2 Informations générales sur le site
3.2.2 Informations sur les ouvrages du site
3.2.3 Informations complémentaires sur le site
3.3 La «Fiche de défense contre la mer»
3.3.1 Informations générales sur la défense
3.3.2 Ouvrage ayant vocation principale de défense contre la mer
3.3.2.1 Fonction principale de l'ouvrage
3.3.2.2 Dimensions de l'ouvrage
3.3.2.3 Matériaux du corps et état de l'ouvrage
3.3.2.4 Orientation et implantation de l'ouvrage
3.3.2.5 Autres propriétés: protection de pied et couronnement
3.3.2.6 Relevés GPS, schémas et photographies de l'ouvrage
3.3.2.7 Autres informations relevant de l'encart «Observations»
3.3.3 Aménagement ayant un impact hydro-sédimentaire
3.3.3.1 Vocation principale et impact sur le littoral
3.3.3.2 Dénomination des aménagements
3.3.3.3 Informations complémentaires facultatives
3.3.4 Méthodes de protection contre l'érosion
3.4 Améliorer la connaissance: recherches complémentaires
3.4.1 Informations complémentaires sur le site
3.4.2 Informations réglementaires sur l'ouvrage
3.4.3 Documentation technique de l'ouvrage
4 BIBLIOGRAPHIE
5 Annexes
5.1 Glossaire
5.2 Liste des études recensées
5.3 Fiches de terrain
5.4 Termes de référence du groupe de travail et liste des participants / relecteurs
5.5 Index des illustrations
INVALIDE)